segunda-feira, 2 de agosto de 2021

PRINCIPAIS FUNÇÕES E VANTAGENS DO FORMATO DICOM NA RADIOLOGIA

Arquivos em dicom


Os exames por imagem estão entre os procedimentos de atenção à saúde com mais benefícios pelos avanços da tecnologia. E a adoção do 
formato DICOM representa um importante salto em termos de padronização e qualidade das análises. 

Se a radiologia faz parte da sua rotina clínica, você certamente já ouviu falar no conceito. Mas será que realmente conhece todas as suas particularidades, vantagens e possibilidades?

A seguir, explico melhor o que é DICOM, quais suas  finalidades, aplicações, relação com outras inovações médicas, importância e oportunidades por meio da Telemedicina. 

O que é formato DICOM?

formato DICOM na radiologia se refere à sigla em inglês Digital Imaging and Communications in Medicine. Ou seja, Comunicação de Imagens Digitais na Medicina.

Ele é um conjunto de normas e padrões para arquivamento e comunicação de exames de imagem, como ultrassonografia, raio-X digital, tomografia, ressonância magnética, entre outros. 

A ideia é garantir que os dados dos equipamentos se armazenem e apresentem em um formato eletrônico padrão, independentemente do fabricante do aparelho. 

Graças a essa unificação, todas as informações inerentes às imagens digitais se compartilham sem inconformidades, perda de qualidade ou incompatibilidades. Assim, não importa onde ou com qual tecnologia se realizou o procedimento.

Com aplicação na medicina brasileira e em todo o mundo, o  formato DICOM se criou nos Estados Unidos em 1983 por meio dos órgãos National Eletrical Manufacturers Association (NEMA) e do American College of Radiology (ACR).

Quais são as funções do formato DICOM?

A criação do formato DICOM na radiologia se deu para eliminar os recorrentes casos de falta de nitidez entre as imagens, que afetava a avaliação dos exames e o diagnóstico dos pacientes.

Até então, uma mesma imagem poderia apresentar variações bem marcantes em sua qualidade. Porém, isso não só prejudicava sua análise e legibilidade, como também comprometia a atuação conjunta das diversas frentes da cadeia de atenção à saúde.

Guia-da-Telemamografia

Quando os arquivos se padronizam em um único formato, com parâmetros que favorecem as análises clínicas e radiológicas, se sentem os benefícios nas rotinas médicas, assim como na segurança dos laudos. 

Para garantir alinhamento às constantes inovações da tecnologia, o formato DICOM também passou por evoluções para aprimorar sua eficiência.

Atualmente, o padrão já está na sua terceira versão, o DICOM 3.0. Ele é compatível com as versões anteriores e garante novas melhorias para os sistemas de imagem. 

Todos os aparelhos seguem o formato DICOM?

Como o formato DICOM confere a padronização necessária para os procedimentos de radiologia, é necessário que todas as unidades de saúde se adequem a ele. Isso não só em âmbito nacional, mas também mundial.

Contudo, em algumas situações, a clínica ou hospital pode ter equipamentos antigos, já que a compra ocorreu antes da popularização do DICOM no país.

Por mais que muitos desses aparelhos ainda estejam em uso, com as manutenções em dia e em pleno funcionamento, é importante investir na sua atualização para que a comunicação das imagens siga os protocolos.

No mesmo sentido, alguns sistemas organizacionais gratuitos ou desatualizados podem não contemplar o formato em suas ferramentas, o que também exige readequação.

Quando o formato DICOM deve ser usado na radiologia?

Conforme mencionei acima, o formato DICOM na radiologia é fundamental para todas as unidades de saúde que trabalham com medicina diagnóstica.

Afinal, é só com a padronização que o envio e o armazenamento dos arquivos ocorre sem perdas de qualidade e nitidez das imagens. 

Do contrário, os processos de diagnóstico perdem sua precisão e capacidade de integração entre equipamentos ou pontos de atendimento. O que vai na contramão dos principais avanços da radiologia, que cada vez se une mais. 

Para ampliar as possibilidades do formato DICOM, atualmente os melhores sistemas permitem adaptá-lo para visualizar os exames na tela de diferentes dispositivos móveis. Ou ainda salvar em JPEG e até imprimir em alta qualidade. 

Radiologia: formato DICOM x PACS

Se você acompanhou os conteúdos anteriores aqui do blog, provavelmente sabe o que é um sistema PACS

Em resumo, sua sigla significa Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens. Além disso, ele serve para armazenar e compartilhar as informações de exames radiológicos e integrar as demandas dos centros de diagnóstico.

Além de proporcionar segurança e acessibilidade para as imagens de diferentes procedimentos da radiologia, esse software se integra com os RIS. Isso porque eles conferem funcionalidades gerenciais para as principais demandas das unidades da área. 

formato DICOM é de suma importância para o uso dessas ferramentas, já que ele unifica e padroniza todas as extensões de arquivos nos sistemas.  

Radiologia: formato DICOM x PACS

Basicamente, o PACS e o DICOM trabalham juntos para facilitar a transmissão e garantir a qualidade das imagens na web, dando mais flexibilidade e agilidade para os serviços de diagnóstico. Já que os pacientes e profissionais de saúde podem ter acesso aos exames e seus dados de qualquer lugar. 

Agregando todas as funcionalidades dessas soluções, os benefícios são muitos! E vão desde o acesso ao histórico completo do paciente em um único ambiente até a eliminação do risco de extravios ou perdas, algo comum nos exames impressos. 

Quais são as vantagens de adotar o formato DICOM? 

A partir de todos os pontos que levantei até aqui, é evidente como o formato DICOM na radiologia beneficia médicos, pacientes e unidades de saúde.

Ao aderir à extensão e padronizar os arquivos das imagens de exames, você pode agregar vantagens como: 

Fácil acesso

Com a padronização para a troca e armazenagem dos dados, você pode acessar as imagens e seus respectivos laudos de qualquer dispositivo com autorização de acesso.

Isso significa que basta ter internet e seu login para garantir mais eficiência à sua rotina de atendimento e agilidade na prestação de serviços aos pacientes. 

Ganho de qualidade

A finalidade do formato DICOM é garantir que a qualidade das imagens não se perca no armazenamento ou envio para outros dispositivos.

Soma-se isso ao fato de que as imagens digitais têm uma qualidade muito maior do que as convencionais, e a precisão dos laudos se torna melhor.

Outro ponto importante é que os médicos podem detalhar ainda mais suas análises no ambiente digital, com ferramentas de zoom, ajuste de nitidez ou mudança de contraste para facilitar a visualização.  

Padronização de protocolos

Evidentemente, a extensão DICOM faz com que todos os arquivos se padronizem e fiquem em conformidade com os protocolos clínicos internos ou compartilhados.

O melhor é que seu padrão de armazenamento permite guardar inúmeros dados sobre doenças e condições de saúde. Isso contribui para futuros diagnósticos, a produção científica e o próprio avanço da área médica. 

Precisão diagnóstica

Uma vez que o acesso aos exames se torna mais simples, a qualidade para a análise das imagens aumenta e diversas informações sobre as patologias se difundem. Além disso, o resultado direto é a garantia de diagnósticos mais precisos, que favorecem a atuação dos médicos e o tratamento dos pacientes.  

Integração médica

As possibilidades de compartilhamento e integração ainda permitem melhorias na troca de informações médicas.

Considerando que a medicina está cada vez mais integrada, e que diversos profissionais de saúde podem atuar no atendimento de um mesmo paciente, é de suma importância que isso ocorra com a máxima qualidade possível. 

Possibilidade de adesão aos telelaudos

formato DICOM também é um padrão que viabiliza o trabalho com laudos à distância na radiologia

Por meio dos telelaudos, é possível ampliar a oferta de exames da sua unidade sem a necessidade de investir em um corpo clínico para isso.

laudos-ressonancia-magnetica

Afinal, todos os dados dos equipamentos de exames têm envio automático pelo sistema à uma central de especialistas.

Por sua vez, esses profissionais estão disponíveis de maneira integral para interpretar as informações e elaborar o documento. Depois, ele se encaminha novamente pelo software ao solicitante em poucos minutos ou imediatamente, em situações de emergência.

Isso torna os serviços mais rápidos, menos dispendiosos e amplia sua qualidade, já que é possível ter o apoio de especialistas de todas as áreas dedicados a essa função.

O melhor é a possibilidade de obter os equipamentos por meio de comodato. Assim, sua clínica os recebe sem nenhum tipo de custo com aquisição, aluguel ou manutenção, e ainda pode usá-los de acordo com sua demanda. A única contrapartida é o uso dos serviços de Telemedicina. 

Qual é a relação entre formato DICOM e Telemedicina?

A modalidade de telelaudos que citei logo acima faz parte da telerradiologia, que é um dos segmentos mais populares e vantajosos da Telemedicina. 

Por meio da radiologia online, é possível não só obter os laudos à distância, mas também integrar todas as imagens e informações dos pacientes em um único sistema.

Qual é a relação entre formato DICOM e Telemedicina?

Nesse sentido, o formato DICOM é de suma importância para colaborar com os procedimentos da medicina remota, já que permite compartilhar os dados necessários sem riscos de extravios, perda de qualidade ou inconformidades. 

Outro ponto importante é que o padrão também é uma exigência do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 

De acordo com a RESOLUÇÃO – RDC Nº 330, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019, Art. 71, parágrafo único, “os protocolos de comunicação, formato dos arquivos e algoritmos de compressão, relativos a procedimentos telerradiológicos, deverão estar de acordo com o padrão atual DICOM”.

Conte com a Telemedicina Morsch no dia a dia

Agora que você já conhece os benefícios da telerradiologia e como eles são possíveis graças ao formato DICOM, quero lhe apresentar a melhor solução para que você explore as possibilidades da área. 

Desde 2005, a Telemedicina Morsch oferece a plataforma mais completa para médicos e unidades de saúde.

Com nosso sistema, você agrega as vantagens das teleconsultas, telemonitoramentos, telediagnósticos e prontuários eletrônicos com outros recursos de ponta. Por exemplo, agendamento online, controles de gestão financeira, analytics, protocolos robustos de segurança, entre outras funcionalidades em nuvem.

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Nossa central de especialistas conta com mais de 50 profissionais de todas as áreas da Medicina, disponíveis para laudar e também prestar auxílio diagnóstico ou de segunda opinião médica.

São mais de 20.000 laudos entregues mensalmente e 1000 clínicas que atendemos em todo o Brasil, com mais de 1 milhão de exames interpretados para os nossos parceiros.

Nossa adesão é simples, conta com suporte completo, um dos melhores custos-benefício do mercado e possui total respaldo legal. 

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Conclusão

formato DICOM na radiologia se criou nos Estados Unidos em 1983, já está na sua terceira versão e é utilizado em todo o mundo para garantir mais qualidade aos exames de imagem.

Com ele, há mais precisão nas análises, integração no acesso aos dados, eficiência nos protocolos médicos e ainda é possível aproveitar todos os benefícios que a Telemedicina proporciona para pacientes e profissionais de saúde.

Se você gostou de saber mais sobre o formato DICOM e quer mais informações sobre outros temas relevantes para a sua carreira médica, não deixe de acompanhar os próximos artigos do nosso blog.

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Este artigo foi originalmente publicado em https://telemedicinamorsch.com.br/blog/formato-dicom

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin

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