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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

TIRE AS PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE A ATUAÇÃO DO MÉDICO NA TELEMEDICINA

 Pacientes - Marcar Teleconsulta

Tire as principais dúvidas sobre a atuação do médico na Telemedicina

Você já considerou trabalhar como médico na Telemedicina?

Essa é uma tendência que não deve ser ignorada. Afinal, adequar-se a ela pode ser decisivo para explorar novas possibilidades na sua carreira e prosperar no mercado da saúde.

Para você ter ideia, 70% das instituições de assistência brasileiras já atendem remotamente, de acordo com um estudo publicado no portal CIO

Dos estabelecimentos que adotaram a modalidade durante a pandemia, 65% pretendem mantê-la após sua regulação definitiva, que é esperada ao fim da atual crise sanitária.

A adesão da Telemedicina para médicos é crescente. Além disso, a percepção de seus benefícios é praticamente unânime entre quem já a utilizou.

Quer saber mais sobre as possibilidades, desafios e particularidades da área? Acompanhe este artigo e explore os pontos mais importantes sobre o tema. 

O que faz o médico na Telemedicina?

O papel do médico na Telemedicina é o mesmo que ele ocupa em qualquer modalidade de atendimento presencial. Sua função é prestar a melhor assistência possível, dentro das atividades previstas em sua especialidade.

Ou seja, o profissional deve observar todos os parâmetros inerentes às consultas “tradicionais”. Como explico adiante, isso deve ser feito também com atenção às adaptações exigidas pela medicina remota

Em todos os casos, são imprescindíveis o atendimento humanizado, o respeito ao sigilo, a clareza na comunicação e uma atuação focada na saúde, bem-estar e segurança do paciente.

O que muda é a forma com que ocorre o contato entre o público e o médico na Telemedicina. Afinal, não é preciso compartilhar o mesmo espaço geográfico para realizar as consultas.

O termo “tele” se refere à distância. Portanto, Telemedicina envolve todas as atividades médicas feitas remotamente.

Sendo assim, o médico na Telemedicina é aquele que elimina barreiras, garantindo mais qualidade assistencial mesmo para as pessoas que estão distantes, impossibilitadas de comparecer no consultório ou mesmo em áreas sem acesso a bons especialistas. 

Portanto, sua adesão pode englobar uma série de possibilidades, que vão desde a oferta de serviços mais acessíveis, até a garantia de mais praticidade para o público, a segunda opinião médica, a agilização da cadeia de atendimentos, o combate de pandemias, e assim por diante.

Qual é a importância do médico na Telemedicina?

médico na Telemedicina pode atuar em qualquer meio de comunicação. Contudo, hoje em dia realiza-se essa prática com o apoio de plataformas especializadas.

Com os sistemas de saúde certos, o cumprimento da legislação (que explico no próximo item) é garantido, assim como todas as ferramentas necessárias para uma assistência de qualidade.

Isso significa que a tecnologia é uma aliada indispensável para ter toda a segurança, integração e excelência necessárias.

Essa lógica se aplica tanto aos recursos de videoconferências, quanto aqueles de prontuário eletrônico, laudos remotos, agendamento online, receituário digital, etc.

Entretanto, por mais que a Telemedicina exija plataformas robustas para preservar o sigilo dos pacientes e a confiabilidade dos dados, o avanço tecnológico jamais deve substituir o papel do médico.

Como mencionei acima, é função dos especialistas prestar um atendimento humanizado, acolhedor e voltado a todos os cuidados necessários para o paciente. 

 Evidentemente, o médico na Telemedicina deve ser tão capacitado quanto aquele que atende em clínicas, consultórios ou hospitais “tradicionais”.

Ou seja, o foco tecnológico da área jamais deve ser pretexto para a impessoalidade. Inclusive, a manutenção da relação médico-paciente é uma exigência do CFM.

Essa é apenas uma das diretrizes do Conselho Federal de Medicina para as práticas à distância. Saiba mais sobre suas regulamentações logo abaixo.

O que diz a lei sobre a atuação do médico na Telemedicina?

A principal legislação da Telemedicina para médicos é a Resolução 1.643/2002 do CFM. Ela ainda vigora, mas suas possibilidades são “estendidas” por outra regulamentação.

Em primeiro lugar, destaca-se  que essa norma é considerada limitada. Isso porque, ela só reconhece a assistência remota para casos emergenciais, para suporte entre médicos solicitantes e assistentes e para a emissão de laudos à distância.

Por mais que essas frentes de atuação sejam de suma importância, elas não contemplam todos os avanços garantidos pela medicina online ao redor do mundo. 

Contudo, as limitações foram derrubadas com a chegada da pandemia da Covid-19. Nela, toda a cadeia de saúde nacional se viu obrigada a aderir às consultas remotas e suas vertentes.

Agora, o instrumento legal que rege o médico na Telemedicina é a Lei 13.989/2020. Ela foi criada com base em uma série de normativas que surgiram no início do período pandêmico. 

Também chamada de Lei da Telemedicina, a regulação atualmente libera as assistências à distância em suas plenas possibilidades.

Dessa maneira, atualmente, o Brasil está alinhado às práticas e avanços mais modernos da medicina mundial. 

Sobre a atual Lei da Telemedicina

De acordo com o Art. 1º e o Art. 2º, a liberação só deve durar até o fim da pandemia. Contudo, a experiência foi tão positiva e a aprovação tão alta entre médicos e pacientes, que a tendência é que uma lei definitiva surja para dar continuidade à atual.

Dito isso, é válido ficar atento às principais exigências do CFM ao médico na Telemedicina. Confira os pontos que mais merecem atenção:

  • De acordo com o Art. 3º da lei, a Telemedicina consiste no “exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde.”.
  • Os médicos ficam obrigados a informar aos pacientes quais são as possíveis limitações da Telemedicina, considerando-se que não há permissão para que as consultas sejam acompanhadas de exames físicos;
  • Todos os serviços médicos prestados via Telemedicina precisam respeitar “os padrões normativos e éticos usuais do atendimento presencial”, segundo o Art. 5º;
  • O mesmo padrão de contraprestação financeira deve ser adotado nos serviços. Com foco na pandemia, a Lei diz que as atividades não têm pagamento sob responsabilidade pública, exceto aquelas prestadas exclusivamente pelo SUS;
  • O CFM ainda determina que os atendimentos devem prezar pela proteção dos dados pessoais dos pacientes e pela garantia do sigilo médico. 
Sobre a atual Lei da Telemedicina

Por falar na percepção positiva sobre o papel médico na Telemedicina, confira no próximo item alguns dados que corroboram essa percepção e também os desafios a serem superados. 

Principais desafios para o médico na Telemedicina

Com base em uma pesquisa realizada pela ATM em 2020, podemos concluir que a Telemedicina para médicos ainda enfrenta alguns obstáculos. 

Para 43,76% dos profissionais entrevistados, as barreiras regulatórias ainda são as que mais prejudicam a assistência remota.

Nesse sentido, a expectativa é que as incertezas na legislação deixem de ser um problema. Isso porque, como expliquei anteriormente, espera-se que os padrões definidos pela Lei 13.989/2020 tornem-se definitivos ao fim da pandemia com uma nova regulação.

Inclusive, o próprio Art. 6º da lei sinaliza que o CFM irá considerar normas atualizadas após a crise, já que ele delimita a entidade como responsável por uma nova regulamentação depois do período pandêmico. 

Com essa questão esclarecida, é importante citar que os desafios para o médico na Telemedicina também estão na resistência que ainda existe entre parte dos profissionais.

Segundo a mesma pesquisa citada, 31,31% dos entrevistados acham que a Telemedicina pode banalizar as práticas médicas. Além disso, 20,42% têm convicção de que os atendimentos presenciais devem ser os únicos. 

Surpreendentemente, há um grupo com uma visão ainda mais radical sobre o tema. 6,86% dos respondentes consideram a Telemedicina uma ameaça em médio prazo.

Por menor que seja o número de profissionais resistentes à Telemedicina para médicos, sua influência faz com que a superação dos desafios regulatórios seja dificultada.

A boa notícia é que, se depender da maioria dos especialistas, as barreiras para os atendimentos à distância serão inexistentes ou mínimas ao fim da atual Lei da Telemedicina.

Afinal, 44,15% dos entrevistados já sabem que ser um médico na Telemedicina é uma oportunidade para suas carreiras.

Somado a isso, 90,21% deles acreditam que as tecnologias com alto padrão de ética e segurança vão contribuir para as melhorias na saúde da população. 

6 possibilidades para o médico na Telemedicina

médico na Telemedicina tem inúmeras possibilidades à sua disposição. O escopo de atuação é quase o mesmo da saúde presencial. Algumas limitações são exceções, como a realização de exames físicos, por exemplo.

Inclusive, praticamente todas as especialidades podem contar com atuação remota. Isso inclui áreas como clínica médica, cardiologia, pneumologia, neurologia, psiquiatria, radiologia, entre muitas outras.

Entre os principais meios de atuação disponibilizados na Telemedicina para médicos, destacam-se: 

  1. Teleconsultas: são as consultas feitas à distância. Por meio de videoconferência, o médico pode entrevistar o paciente, avaliá-lo, solicitar exames, prescrever medicamentos, estipular tratamentos, e assim por diante;
  2. Teleorientação: também há a possibilidade de realizar atendimentos mais breves, na forma de consultorias. Eles servem para recomendações pontuais de saúde, para tirar dúvidas, para determinações de segundo atendimento, entre outros casos semelhantes;
  3. Telemonitoramento: os pacientes que precisam de assistência contínua podem ser monitorados com mais facilidade via Telemedicina, sendo recomendado especialmente para pessoas com doenças crônicas, idosos, gestantes, etc.;
  4. Telediagnósticos: os médicos podem enviar e receber laudos nas plataformas de medicina à distância. O exame é feito, enviado para uma central de especialistas e recebido novamente, tudo de forma rápida, barata e com total qualidade no diagnóstico;
  5. Teleinterconsultas: quando o médico precisa de uma segunda opinião ou de auxílio na definição de um diagnóstico, por exemplo, ele pode usar a Telemedicina para contar com o apoio de outro profissional. O mesmo vale para que generalistas atendam os pacientes junto de especialistas à distância, entre outros casos semelhantes;
  6. Teleducação: como no ensino EAD comum, o médico na Telemedicina pode aproveitar a tecnologia para ampliar sua qualificação, seja na interação com outros profissionais, por meio de cursos, grupos de discussão, simpósios online, etc. 
6 possibilidades para o médico na Telemedicina

Para entender melhor como é a rotina do médico na Telemedicina, confira abaixo o funcionamento dos atendimentos remotos. 

Como funciona o atendimento médico na Telemedicina?

Apesar de todas as possibilidades que descrevi acima, quando tratamos sobre o médico na Telemedicina, sua principal atuação é na realização de teleconsultas.

Nesses casos, a comunicação com os pacientes é feita por meio de videochamadas em uma plataforma de telemedicina. 

No mesmo sistema, ainda é possível a troca de mensagens para as teleorientações, o registro de dados de telemonitoramentos, a troca de laudos para os telediagnósticos, e assim por diante.

Como ocorre na consulta presencial, normalmente os atendimentos começam com o médico perguntando ao paciente o motivo de sua procura, avaliando seus sintomas, histórico de saúde, entre outros dados semelhantes.

Caso julgue necessário, o profissional pode enviar pedidos de exames ou até receitas de medicamentos remotamente. Tudo é validado com o apoio de assinatura digital.

Além disso, todas as informações ficam reunidas em um prontuário eletrônico. Ele permite construir uma base de dados completa e atualizada sobre cada paciente, com acesso prático e rápido ao conteúdo necessário.

Nas plataformas de Telemedicina para médicos, é possível encontrar tudo o que é necessário para atuar com excelência na área.

Isso vai desde os recursos de vídeo, até o próprio prontuário, as ferramentas de receituário, os serviços de telelaudos, entre outros inerentes à medicina online.

Além disso, os melhores sistemas ainda agregam alguns diferenciais. Eles incluem o agendamento facilitado de consultas via internet para os pacientes, opções de gestão financeira, relatórios de desempenho, envio de mensagens de marketing, etc.

 Como funciona o atendimento médico na Telemedicina?

Em todos os casos, a ideia não é só garantir qualidade nas consultas, mas também segurança e alinhamento às exigências do CFM.

Por isso, todo atendimento deve ter seus dados apoiados por sólidos protocolos de proteção, logins de acesso seguros para médicos e pacientes, além de armazenamento em nuvem.

Quais são os benefícios da Telemedicina para médicos?

Como você pôde perceber ao longo deste artigo, muitos são os benefícios de atuar como médico na Telemedicina. Os principais deles incluem:

  • Otimização do tempo de atendimentos;
  • Diminuição de gastos com deslocamentos;
  • Flexibilização das práticas médicas;
  • Segurança dos dados e sigilo dos pacientes;
  • Atendimentos mais ágeis;
  • Aprimoramento do atendimento humanizado;
  • Melhor capacidade gerencial;
  • Alinhamento às principais tendências mundiais em saúde;
  • Eliminação de barreiras geográficas e democratização da medicina.

Para garantir todas essas vantagens, você deve escolher a plataforma ideal para seus atendimentos. Conheça abaixo os diferenciais da Telemedicina Morsch.

A Morsch é parceira do médico na Telemedicina

Desde 2005, a Morsch trabalha com as melhores soluções em Telemedicina para médicos.

Com mais de 2.000 clínicas atendidas em todo o Brasil, oferecemos uma plataforma segura, baseada em nuvem e que contempla todas as especialidades médicas.

Nossos recursos são referência para a realização de teleconsultas, telemonitoramentos e telediagnósticos.

Além disso, trabalhamos com um dos melhores prontuários eletrônicos do mercado. Eles fazem toda a diferença para otimizar seus atendimentos.

Como se não bastasse, nossos diferenciais são completos. Eles vão desde a agenda online integrada, até a emissão de relatórios e estatísticas para melhorar a sua gestão.

Nosso suporte é integral e oferecemos treinamentos completos. Temos ainda pleno alinhamento legal e valores diferenciados para você começar com total viabilidade.

Acesse esse link e saiba mais sobre as possibilidades que a Morsch garante para quem deseja trabalhar como médico na Telemedicina. 

Conclusão

Telemedicina para médicos representa um avanço natural para os profissionais da área da saúde que desejam crescer na era digital. 

Como você acompanhou neste artigo, a prática exige alguns requisitos, mas todos eles passam pela adoção de boas tecnologias e pela observação dos parâmetros que determinam uma atuação médica ética, humanizada e de excelência.

Se você quer saber ainda mais sobre como ser um médico na Telemedicina, não deixe de acompanhar nossos próximos conteúdos. Assine nossa newsletter para receber os artigos em primeira mão e compartilhe este texto com os seus colegas.

Este artigo foi originalmente publicado em https://telemedicinamorsch.com.br/blog/medico-telemedicina

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

BATIMENTOS CARDÍACOS NORMAIS: COMO MEDIR E MANTER A FREQUÊNCIA IDEAL

 Pacientes - Marcar Teleconsulta

Batimentos cardíacos normais

Manter os batimentos cardíacos normais favorece um bom desempenho e evita a sobrecarga do coração.

Não por acaso, o monitoramento e controle das batidas vem se tornando comum para quem se dedica aos cuidados com a saúde.

Porém, vale lembrar que o ritmo cardíaco pode sofrer várias alterações em um mesmo dia.

Quando isso acontece, não é necessariamente sinal de algum problema de saúde.

Exercícios físicos e o consumo de substâncias estimulantes aumentam a frequência das batidas, provocando taquicardias temporárias.

Seguindo esse mesmo raciocínio, momentos de repouso e relaxamento tendem a fazer com que a frequência diminua.

É o que leva a bradicardias também com efeito passageiro.

Quer aprofundar os conhecimentos sobre esse assunto?

Então, você chegou ao lugar certo.

Neste artigo, explico melhor o funcionamento do músculo cardíaco, variações normais e anormais no ritmo e quando é preciso buscar ajuda médica.

Batimentos cardíacos normais: o que isso significa?

Batimentos cardíacos normais revelam que o coração segue um ritmo padrão ou sinusal, indicando que não há alterações importantes na frequência de batidas.

Conforme a definição da SOBRAC (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas):

“O ritmo cardíaco adequado é ritmo regular, compassado. A frequência dos batimentos cardíacos depende da atividade que o indivíduo está realizando (repouso ou em exercício) e é medida pelo número de contrações do coração por uma unidade de tempo, geralmente por minuto.”

A unidade utilizada para a medição do ritmo do miocárdio corresponde aos batimentos por minuto ou bpm.

Entre os médicos, é consenso adotar como referência o intervalo entre 60 bpm e 100 bpm, que é considerado normal para adultos em repouso ou realizando tarefas corriqueiras.

Esses valores são relevantes para designar alterações na frequência cardíaca – as famosas arritmias.

Como citei no início do texto, as arritmias de padrão rápido são chamadas taquicardias, enquanto as de padrão lento recebem o nome de bradicardias.

Quando o coração tem estrutura normal e não há sintomas associados, essas arritmias costumam ser benignas, sem qualquer consequência para o indivíduo.

Nesses casos, elas surgem e desaparecem de forma espontânea e não prejudicam o funcionamento do sistema cardiovascular.

Contudo, a repetição de taquicardia e bradicardia não relacionadas ao esforço físico pode sinalizar um problema cardíaco, pedindo investigação médica.

Quais os batimentos cardíacos normais?

Os batimentos cardíacos normais combinam ritmo e condução regulares.

Eles nascem de impulsos elétricos produzidos por um conjunto de células chamado nó sinoatrial ou nó sinusal para, em seguida, percorrer válvulas e câmaras cardíacas.

Para explicar melhor, vamos voltar um passo e falar sobre como funciona o coração.

Esse órgão cumpre a função de uma bomba, sendo responsável por distribuir o sangue para todo o corpo.

A cada batida, o músculo cardíaco impulsiona o líquido, que leva oxigênio e nutrientes para as células do organismo.

Esse processo começa com a emissão de um impulso elétrico pelo nó sinusal, localizado logo acima do átrio direito – uma das 4 câmaras do órgão.

O impulso vai, então, para átrio direito e esquerdo e para as câmaras cardíacas inferiores, denominadas ventrículos.

A dinâmica atrai íons de cálcio para dentro das células, fazendo o miocárdio se contrair e levando à despolarização elétrica.

Em seguida, as células liberam íons de potássio, provocando a repolarização elétrica, que faz o órgão relaxar.

Em uma pessoa saudável, essa trajetória dura cerca de 0,19 segundo e cada batida segue o mesmo padrão.

Tanto que, ao observar o resultado do eletrocardiograma, será possível visualizar ondas com formato, extensão e sequência normais.

Confira, a seguir, os valores padrão em bpm para repouso e durante a atividade física.

Batidas do coração

Cada batida do coração impulsiona o sangue, que transporta oxigênio e nutrientes para todo o corpo

Batimentos cardíacos normais em repouso

Como mencionei antes, o coração de um adulto saudável em repouso costuma bater entre 60 e 100 vezes por minuto.

Mas cabem, aqui, duas ressalvas.

A primeira diz respeito a atletas e pessoas com um bom condicionamento físico.

Como o coração é um músculo, ele precisa bater menos quando está mais forte, ou seja, mais exercitado, pois terá maior força para bombear o sangue.

Por isso, atletas em repouso podem registrar até 40 bpm, sem que isso represente uma bradicardia ou risco à saúde.

A segunda ressalva que faço vale para qualquer adulto saudável.

Quando em repouso profundo, por exemplo, enquanto a pessoa dorme, valores ligeiramente abaixo dos 60 bpm ainda são aceitáveis.

Afinal, o repouso exige menos esforço do miocárdio para manter os sistemas funcionando de modo adequado.

Batimentos cardíacos normais durante exercício

Quando realizamos exercícios físicos, é normal que os batimentos cardíacos acelerem, pois as células precisam de mais energia para dar conta do esforço extra.

É por isso que a atividade física regular faz tão bem para o coração.

Com o tempo, o músculo se torna mais robusto e dá conta de bombear o sangue com menos trabalho.

Assim, se medirmos as batidas por minuto durante ou logo depois do exercício, vamos encontrar valores que superam os 100 bpm, sem efeitos adversos para o corpo.

Se a atividade física tiver alta intensidade, os batimentos podem chegar a 180 bpm.

Outras situações que fazem o coração acelerar são emoções fortes, como raiva e medo, que fazem com que o corpo libere adrenalina.

Substâncias energéticas também aumentam a frequência cardíaca.

Um exemplo conhecido é a cafeína, presente no cafezinho, em refrigerantes e alguns chás.

Após a ingestão desses alimentos, é comum notar um ligeiro aumento no número de batidas por minuto, o que tende a desaparecer em alguns minutos.

Batimentos cardíacos normais por idade

A idade é um fator importante para a avaliação de batimentos cardíacos normais ou anormais.

Afinal, mesmo em pessoas sedentárias, o coração vai se tornando mais robusto com o passar dos anos, depois de inúmeras batidas para nutrir as células do organismo.

A regra, então, é que o músculo precise se esforçar mais quando a pessoa é jovem, e menos quando envelhece.

Conforme os anos passam, há uma redução na faixa de valores aceitáveis de batimentos por minuto.

Ritmo cardíaco normal

Em idosos, a frequência cardíaca é normalmente mais baixa e as batidas vão de 50 bpm a 60 bpm

Batimentos cardíacos normais em adulto

De forma geral, a quantidade de batidas por minuto se estabiliza por volta dos 15 anos, quando os valores ficam em torno de 80 bpm.

Dependendo do condicionamento físico, a média tende a se elevar ou diminuir, sendo que os atletas costumam manter o ritmo entre 50 e 60 bpm.

Já adultos sedentários têm uma frequência normal entre 70 e 80 bpm enquanto realizam tarefas de rotina, que não exigem grandes esforços.

Batimentos cardíacos normais em idosos

A idade avançada reduz a quantidade de batimentos por minuto, fazendo com que o padrão se altere se o paciente tiver 60 anos ou mais.

Nesse caso, as batidas vão de 50 bpm a 60 bpm, ainda que o idoso não pratique atividade física regularmente.

Batimentos cardíacos normais em crianças

A infância é a época da vida em que se experimenta mais mudanças no padrão de batimentos cardíacos, que se alteram conforme os órgãos amadurecem.

Para se ter uma ideia, o coração de um recém-nascido saudável bate entre 100 e 160 vezes por minuto, dando a impressão de estar sempre acelerado.

Mas logo vem a primeira redução na frequência, que passa a ficar entre 90 e 150 bpm dos 0 aos 5 meses, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Aos 6 meses, o coração do bebê se fortalece um pouco mais e bate de 80 a 140 vezes por minuto.

Depois que completa o primeiro ano de vida, o bebê mantém o valor mínimo de batidas, mas o valor máximo cai para 130 bpm.

Por volta do terceiro ano, esse valor reduz um pouco, sendo normal o ritmo cardíaco entre 80 e 120 bpm.

A próxima mudança é sentida aos 6 anos, quando a criança tem batidas entre 70 e 110 bpm.

No início da pré-adolescência, aos 11 anos, o padrão muda para 60 a 105 bpm, já bem próximo ao valor de referência para adultos.

Batimentos cardíacos normais de uma gestante

Durante a gravidez, o corpo sofre uma série de mudanças para acomodar e nutrir o feto.

As mais evidentes são o crescimento da barriga e dos seios, junto ao inchaço característico do último trimestre de gestação.

Porém, há outras adaptações realizadas pelo organismo, como a exigência de maior esforço por parte do coração.

Isso porque a futura mamãe tem cerca de 2 litros de sangue a mais circulando ao longo da gravidez, a fim de entregar os nutrientes e oxigênio necessários para o desenvolvimento do bebê.

Por consequência, o músculo cardíaco precisa bater um pouco mais depressa para dar conta desse volume de líquido excedente, chegando a atingir de 80 a 100 bpm em repouso.

Como medir os batimentos cardíacos

Hoje em dia, é possível medir os batimentos cardíacos com maior precisão fora do hospital, usando um oxímetro, relógio ou pulseira capaz de fazer esse monitoramento.

Mas dá para conferir as batidas, ainda que você não tenha nenhum desses aparelhos em casa.

Basta escolher um local específico e verificar a pulsação, pressionando levemente os dedos sobre essa área.

A lateral do pescoço, pulso ou parte interna do cotovelo permitem fazer a medição.

Conte quantas pulsações sentir durante 60 segundos, ou, para ficar mais fácil, conte durante 15 segundos e multiplique o resultado por 4.

Essa regra vale apenas se as batidas estiverem regulares.

Frequência cardíaca normal

Sintomas frequentes de ritmos cardíacos anormais devem ser acompanhados por um cardiologista

O que fazer para manter os batimentos cardíacos normais

Quem não sofre com doenças cardiovasculares pode manter os batimentos cardíacos normais adotando hábitos saudáveis, por exemplo:

  • Não fumar, pois o cigarro costuma acelerar o ritmo cardíaco
  • Reduzir o consumo de álcool – outra substância que acelera os batimentos
  • Diminuir as fontes de estresse e apostar em atividades relaxantes como meditação e ioga
  • Adotar uma dieta balanceada, consumindo mais vegetais e menos alimentos processados
  • Fazer atividade física moderada a intensa, pelo menos 3 vezes por semana
  • Evitar o sobrepeso e a obesidade, prevenindo a sobrecarga cardíaca necessária para bombear sangue a uma área maior
  • Fazer um checkup anual para verificar se a saúde do coração vai bem.

 

O que fazer quando as batidas cardíacas não estão normais?

Comentei, mais acima, em quais situações os batimentos podem aumentar ou diminuir, sem prejuízo ao indivíduo.

Caso tenha uma palpitação, procure repousar por alguns minutos e respirar fundo para recuperar a calma.

Muitas vezes, a arritmia é passageira e desaparece de maneira espontânea.

Contudo, é preciso ficar alerta aos ritmos anormais e alterações frequentes, que podem sinalizar doenças.

Em especial se eles vierem acompanhados de sintomas como:

  • Desmaio
  • Tontura
  • Palpitações
  • Falta de ar
  • Dor no peito
  • Fraqueza
  • Confusão mental.

Nessas situações, procure avaliação médica.

Qual o médico especialista em batimentos do coração?

O cardiologista é o especialista no estudo de anomalias relacionadas ao sistema circulatório, incluindo os batimentos cardíacos anormais.

Mesmo que não tenha qualquer sintoma de patologia cardíaca, é importante consultar esse profissional pelo menos uma vez por ano.

Nessa ocasião, o cardiologista faz uma avaliação geral e solicita uma bateria de exames para conferir como anda o músculo cardíaco.

Testes como o eletrocardiograma ajudam a detectar distúrbios e prevenir eventos como o infarto.

Consulte um cardiologista online

Consultar um cardiologista ficou ainda mais simples com o atendimento médico online via videoconferência.

Na plataforma de telemedicina Morsch, esse atendimento acontece em uma sala virtual exclusiva, com toda a comodidade e segurança.

Veja como é fácil marcar sua consulta online em nosso sistema:

  1. Acesse a página de agendamentos
  2. Use o campo de buscas para selecionar a especialidade Cardiologia e escolha o profissional de sua preferência
  3. Defina um entre os horários de agendamento, ao lado da identificação do médico
  4. Você será redirecionado para uma página de login. Se não tiver cadastro, selecione “Criar conta”
  5. Preencha o formulário com informações de identificação e prossiga
  6. Crie uma senha e acesse o sistema
  7. Confirme o horário da teleconsulta e faça o pagamento
  8. Meia hora antes do atendimento, você vai receber o link de acesso à sala virtual via WhatsApp ou SMS.

 

Conclusão

Apresentei, neste texto, o significado, a importância e dicas para manter os batimentos cardíacos normais.

Vale a pena investir em um estilo de vida saudável, evitando sobrecarregar o coração e desenvolver doenças cardiovasculares.

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Este artigo foi originalmente publicado em https://telemedicinamorsch.com.br/blog/batimentos-cardiacos-normais

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin