terça-feira, 1 de março de 2022
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
PRINCIPAIS ESTÁGIOS, SINTOMAS E TRATAMENTOS DO CÂNCER DE PRÓSTATA
Quando o assunto é a saúde dos homens, um dos problemas que mais exigem atenção é o câncer de próstata.
Isso porque, trata-se da segunda neoplasia mais comum entre pacientes do sexo masculino, que fica atrás apenas dos tumores de pele não melanoma.
O dado é do Instituto Nacional de Câncer, que ainda indica que 65.840 casos novos devem ser diagnosticados a cada ano durante o triênio 2020-2022.
A incidência elevada entre a população reforça a importância de informar-se a respeito do assunto e de garantir o diagnóstico precoce para os grupos de risco.
Isso é ainda mais importante se considerarmos os riscos de mortalidade. Segundo informações do Ministério da Saúde, são mais de 14 mil óbitos anuais decorrentes da patologia.
Não por acaso, uma data específica foi criada para incentivar a prevenção dos homens. Todo 17 de novembro, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.
Inclusive, a ocasião deu origem ao mês de conscientização do Novembro Azul, que se tornou muito popular em todo o mundo e garantiu um foco ainda maior para o tema.
Mas afinal, como prevenir o câncer de próstata? Como ele ocorre, quais os seus estágios, sintomas, fatores de risco e melhores recomendações de tratamento?
Confira as respostas para essas e outras questões de suma importância ao longo deste artigo.
O que é câncer de próstata?
Para que você entenda melhor o que é o câncer de próstata, primeiro vou explicar como a região que ele atinge se caracteriza.
A próstata é uma glândula que apenas os homens têm. Ela fica abaixo da bexiga, na frente do reto e envolve a parte de cima da uretra.
Em resumo, sua função é produzir um líquido que faz parte do sêmen, responsável pela proteção dos espermatozoides. Ela não está diretamente ligada à ereção ou ao orgasmo.
Quando os homens são mais jovens, essa glândula é menor, tendo o tamanho de uma ameixa. Contudo, ela cresce naturalmente com o avanço da idade.
Se esse crescimento for anormal ou muito acelerado, podem existir indícios de neoplasia. Claro que essa conclusão só é possível com uma investigação mais aprofundada.
De maneira geral, o câncer de próstata é gerado como qualquer outro. Nas estruturas do organismo, as células se multiplicam para que as novas ocupem o lugar das antigas. Se ocorrer uma falha e isso for feito de forma descontrolada, formam-se tumores.
Por sua vez, esses tumores podem ser benignos ou malignos. O segundo caso é quando os pacientes têm problemas e precisam de tratamento para evitar complicações.
Inclusive, em grande parte das situações, o câncer de próstata pode crescer lentamente e sequer apresentar sintomas, tendo um controle mais simples de ser feito.
Já em parte dos pacientes, ocorre a metástase. Nela, o crescimento é acelerado, atinge outros órgãos e é potencialmente fatal, exigindo tratamentos mais severos.
Então, para entender melhor, veja no próximo item como são os padrões de evolução do câncer de próstata.
Principais estágios do câncer de próstata
Como você pôde ver acima, o câncer de próstata pode avançar e desenvolver-se de diferentes maneiras.
Por conta disso, sempre que há o diagnóstico da doença, os médicos devem identificar seu grau de estadiamento.
Isso porque, em cada nível, há recomendações específicas de tratamento e chances diferentes de cura.
Nesse contexto, em relação aos estágios, os tipos de câncer de próstata podem ser caracterizados da seguinte maneira:
- T0: fase em que não há evidência de tumor;
- T1: quando existe um tumor ainda não identificado por exames;
- T2: trata-se de um tumor em estágio primário, limitado apenas à próstata;
- T3: o tumor vai além da próstata e pode afetar a cápsula prostática e vesículas seminais;
- T4: tumor invade outras áreas próximas, como reto, esfíncter e músculos;
- N0: nódulos linfáticos próximos da próstata sem metástases;
- N1: nódulos linfáticos próximos da próstata com metástases;
- M0: inexistência de metástases à distância;
- M1: presença de metástases afastadas da próstata, em outros órgãos ou ossos.
Nos estágios menos severos, os sintomas de câncer de próstata são silenciosos. Contudo, eles podem evoluir e gerar alguns sinais característicos nos pacientes. Conheça-os abaixo.
Quais são os sintomas do câncer de próstata?
Conforme citei acima, as fases iniciais do câncer de próstata geralmente não provocam sintomas entre os pacientes.
Afinal, quando isso ocorre, muitas vezes confunde-se essa patologia com outras doenças benignas que afetam a próstata.
A principal delas é a hiperplasia benigna, que ocorre em mais da metade dos homens com mais de 50 anos de idade. Nesses casos, a glândula cresce naturalmente.
Há também a prostatite, que é uma inflamação gerada por bactérias. Da mesma forma, nos dois casos, o paciente pode ter dificuldade de urinar ou frequência aumentada de urina.
Já nos estágios avançados, além dos sinais urinários, pode ocorrer dor óssea. Em casos mais graves, há chances de insuficiência renal e infecção generalizada.
Sobretudo, de maneira geral, os sintomas de câncer de próstata mais característicos são:
- Dificuldades para urinar;
- Presença de sangue na urina ou no sêmem;
- Micção mais frequente que o normal;
- Demora para urinar;
- Diminuição da urina;
- Disfunção erétil;
- Dormência ou fraqueza nos pés e nas mãos;
- Dos nas costas, no quadril, nas coxas, ombros e demais ossos em casos de disseminação da doença.
Sinais comuns do cotidiano, como dor de cabeça, não indicam a presença de câncer de próstata.
Fatores de risco do câncer de próstata
O câncer de próstata tem causas ligadas ao crescimento anormal de células, algo que é comum a qualquer tumor.
Contudo, existem alguns fatores específicos que aumentam as chances de desenvolvimento da doença.
Em primeiro lugar podemos citar o avanço da idade. Segundo o Ministério da Saúde, nove a cada dez homens diagnosticados no Brasil têm mais de 55 anos.
Também há o histórico familiar. Todo homem que tem pai, avô ou irmão diagnosticado com câncer de próstata antes dos 60 anos de idade compõe o grupo de risco da patologia.
O excesso de peso e a obesidade também são fatores de risco. Ainda de acordo com o MS, observa-se uma correlação da neoplasia com o peso corporal elevado.
Por fim, informações do Instituto Nacional de Câncer apontam que a exposição a certos agentes químicos estão ligados ao desenvolvimento do câncer de próstata.
Isso inclui produtos a base de petróleo, dioxinas, fuligem, fumaça de escape de veículos e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, conhecidos no mercado pela sigla HPA.
Nesse sentido, há o arsênio, muito usado como agrotóxico e conservante de madeira, e as aminas aromáticas, recorrentes nas indústrias mecânica, química e alumínica.
Sobre o diagnóstico do câncer de próstata
Como os sintomas de câncer de próstata tendem a ser silenciosos no início da evolução da doença, é importante que os homens investiguem sua presença preventivamente.
Em geral, isso é recomendado para aqueles que fazem parte dos grupos de risco. A idade ideal para iniciar as rotinas de rastreamento não é unânime entre os especialistas.
Por isso, é importante que todo paciente a partir dos 40 anos consulte seu médico para determinar a necessidade das investigações anuais.
Esses exames de rotina preventivos podem incluir a análise de sangue PSA ou o exame de toque retal para verificar o aumento da próstata.
Se o PSA estiver alterado ou se houver um nódulo na próstata durante o toque, é necessária a realização de uma biópsia.
Nela, pequenos pedaços da glândula são retirados e analisados em laboratório. Contudo, há alternativas de como diagnosticar o câncer de próstata de forma menos invasiva.
Para os homens com probabilidades baixas de tumor, pode ser indicada a Ressonância Magnética multiparamétrica (RMmp).
Nesses procedimentos de imagem, evita-se biópsias desnecessárias. A ideia é minimizar custos, possíveis riscos e a própria ansiedade do paciente.
Agora, caso a RMmp não tenha resultados normais e aponte lesões suspeitas, então a bateria de exames deve obrigatoriamente incluir a biópsia.
Como é o tratamento do câncer de próstata?
O câncer de próstata com exame positivo deve ser tratado o mais cedo possível. Durante as consultas médicas, o urologista precisa definir os procedimentos mais adequados para o caso.
Nesse sentido, determina-se os tratamentos de acordo com a gravidade do tumor, a idade do paciente, sua expectativa de vida e possíveis patologias associadas.
O paciente tem direito de ser informado sobre as alternativas à sua disposição. Junto delas, ele deve conhecer suas chances de sucesso e possíveis efeitos adversos.
Portanto, dependendo do caso, as opções de tratamento há a possibilidade de aplicá-las de forma individual ou combinada. As principais delas são:
- Prostatectomia: é o procedimento de retirada da próstata. Ele é bastante comum e exige intervenção cirúrgica;
- Tratamento hormonal: Voltado ao alívio de sintomas em casos mais avançados. Ele emprega medicamentos para câncer de próstata que regulam a produção de hormônios masculinos;
- Radioterapia: consiste no uso de radiação controlada. Aplicada em certas regiões da próstata a fim de eliminar as células cancerígenas.
Não importa quais sejam os tratamentos para câncer de próstata, a automedicação nunca deve ser uma opção.
Isso porque, só um especialista pode garantir a devida recuperação da patologia. Além disso, o uso indiscriminado de substâncias pode causar efeitos ainda piores ao indivíduo.
Ainda, o médico pode optar pela simples observação do paciente para prevenir a evolução da neoplasia, indicada para cânceres em estágios iniciais e que evoluem lentamente.
Assim, se o paciente é idoso (com mais de 70 anos, por exemplo), às vezes faz mais sentido apenas acompanhar suas condições e evitar complicações do que optar por intervenções mais severas.
Como prevenir o câncer de próstata?
Existem medidas preventivas que podem ser adotadas pelas pessoas a fim de reduzir as chances de tumores.
Elas não são específicas para o câncer de próstata. Na verdade, são cuidados comuns à prevenção de toda doença crônica não-transmissível.
Isso inclui ações básicas para a manutenção de uma vida saudável, como:
- Manter uma alimentação equilibrada;
- Praticar atividades físicas habitualmente;
- Evitar o sobrepeso e a obesidade;
- Ter moderação no consumo de bebidas alcoólicas;
- Não fumar ativa e nem passivamente.
Claro que essas prevenções não garantem totalmente que o câncer de próstata não se desenvolva, principalmente entre os homens que fazem parte do grupo de risco.
Como resultado, elas podem fazer toda a diferença para minimizar as chances de sua ocorrência e até sua gravidade.
Qual é a importância de um laudo precoce?
Se você já prestou atenção a alguma campanha do Novembro Azul, certamente sabe como o diagnóstico precoce é importante para o combate do câncer de próstata.
Isso porque, ele garante que o tumor seja identificado em seus estágios iniciais, em que as chances de sucesso no tratamento são muito maiores.
Como expliquei anteriormente, realiza-se essa detecção principalmente por meio do exame de sangue PSA ou do toque retal.
Contudo, é fundamental que todo homem com mais de 40 anos converse com seu urologista para avaliar a necessidade de investigações periódicas.
Além disso, ao perceber um sintoma urinário percebido, indica-se a procura médica o quanto antes.
Para você ter ideia, especialistas consultados pelo G1 indicam que as chances de cura do câncer de próstata são 90% maiores se o diagnóstico for obtido precocemente.
Por isso, mantenha-se atento a possíveis sinais e siga todas as orientações para o seu perfil enquanto paciente.
Conclusão
Em suma, o câncer de próstata está entre os problemas de saúde masculinos que mais exigem cuidado. Afinal, há alta incidência dessa doença na população e podem ocorrer consequências fatais caso não haja um tratamento precoce e adequado.
Ao longo deste artigo, você conferiu como reconhecer os sintomas da doença, as recomendações para sua investigação, os fatores de risco que mais exigem atenção, alternativas para combatê-la e as ações preventivas para evitá-la.
Mantenha-se engajado com o Novembro Azul e continue se informando sobre outras condições tão relevantes quanto o câncer de próstata.
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Este artigo foi originalmente publicado em https://telemedicinamorsch.com.br/blog/cancer-prostata
sábado, 26 de fevereiro de 2022
ENDOCRINOPEDIATRA É ESPECIALISTA EM QUESTÕES HORMONAIS DAS CRIANÇAS
Procurando um endocrinopediatra?
Ou não sabe exatamente se esse é o especialista que precisa para seu filho?
Geralmente, esse tipo de médico é consultado após encaminhamento do pediatra.
Isso porque os males hormonais, como diabetes e puberdade precoce, não têm sinais tão conhecidos quanto os relacionados a outras especialidades.
Daí a necessidade de uma avaliação generalista que verifique a necessidade de tratamento especializado.
No consultório do endocrinologista pediátrico, bebês, crianças, adolescentes e pais recebem suporte para tratar qualquer disfunção metabólica.
E também o acolhimento necessário para que a terapia seja conduzida de um jeito tranquilo.
Continue lendo este artigo e saiba mais sobre a atuação, consulta e quando procurar um endocrinopediatra.
Descubra ainda inovações que facilitam o acesso a esse e outros especialistas, como a consulta online.
Boa leitura!
O que é um endocrinopediatra?
Endocrinopediatra é o especialista que estuda, diagnostica e trata distúrbios metabólicos da infância e adolescência.
A especialidade médica é voltada aos problemas que surgem desde o nascimento até os 18 ou 20 anos, dependendo da escolha do paciente.
Afinal, hoje em dia, a adolescência vem se estendendo até o início da segunda década de vida, o que possibilita a continuidade do monitoramento pediátrico nesse período.
Postergar esse atendimento também é útil porque o endocrinologista pediátrico costuma criar um vínculo com o paciente e seus pais, conhecendo a fundo seu histórico familiar.
Nesse contexto, fica mais simples para o médico perceber anormalidades e alterações importantes, prevenindo agravos à saúde da criança ou adolescente.
Além de ser mais fácil para o paciente se sentir confortável e compartilhar sintomas, mudanças e aspectos de seu crescimento.
Esse processo tem ampla participação dos hormônios, que ditam o ritmo e o tipo de transformações pelas quais o organismo passa até a idade adulta.
A endocrinologia pediátrica foca nos problemas de meninos e meninas, que têm causas, manifestações e duração diferentes dos observados em adultos.
Isso porque há particularidades características da infância e da adolescência que impactam não somente o corpo, mas também a mente e merecem atenção.
Para que serve o médico endocrinologista infantil?
Consultar o endocrinologista infantil serve para monitorar o desenvolvimento de meninos e meninas, combatendo problemas no metabolismo.
Para explicar melhor, vale falar sobre a função do sistema metabólico, que controla glândulas responsáveis pela secreção de hormônios.
Uma das mais famosas é a tireoide, relacionada à regulação do ciclo menstrual e amadurecimento infantil.
Quando essa glândula não funciona normalmente, o indivíduo experimenta quadros de aceleração ou queda energética, caracterizando o hiper e hipotireoidismo, respectivamente.
A evolução na estatura de meninos e meninas também é controlada por esse sistema, em especial pelo hormônio do crescimento ou GH.
Produzido pela glândula hipófise, ele tem papel essencial no controle da altura e tamanho proporcional de diversas partes do corpo.
Já progesterona, testosterona e estrógeno são hormônios ligados à puberdade e sexualidade.
Todo esse conjunto de atividades indispensáveis para o desenvolvimento saudável do organismo é desempenhado pelo sistema metabólico.
E avaliado pela endocrinologista pediátrico.
Quando procurar um endocrinopediatra?
Como mencionei na abertura deste texto, o mais comum é que esse especialista seja procurado diante do encaminhamento pelo pediatra.
Isso porque o pediatra tem atuação generalista e voltada à atenção primária, acompanhando pais e filhos desde o nascimento.
Ou até antes disso, quando a futura mamãe decide passar pela primeira consulta com pediatra durante a gravidez.
De qualquer forma, esse médico indica um endocrinopediatra se perceber sintomas ou possíveis distúrbios metabólicos.
E nada impede que mães, pais ou responsáveis procurem seu auxílio de forma espontânea, a fim de garantir que o crescimento dos filhos está ocorrendo normalmente.
Ou se reparem em sinais de problemas hormonais, a exemplo de:
- Sobrepeso
- Anomalias congênitas
- Crescimento deficiente
- Sede constante
- Manchas na pele
- Aumento da espessura do pescoço
- Deformações nos ossos
- Manifestação precoce ou tardia da puberdade
- Crescimento de pelos em locais incomuns
- Desenvolvimento das mamas em meninos (ginecomastia puberal)
- Cólicas menstruais
- Tensão pré-menstrual (TPM).
Doenças tratadas na endocrinologia pediátrica
O campo de atuação da endocrinologia pediátrica é extenso, compreendendo as glândulas, hormônios produzidos e seus efeitos no organismo de crianças e adolescentes.
A seguir, detalho as principais patologias que surgem quando o funcionamento dessas estruturas é anormal ou ineficiente.
Confira.
Males congênitos
Por vezes, o bebê nasce com uma deformidade ou distúrbio que atrapalha seu crescimento, pedindo monitoramento médico.
Um deles é o hipotireoidismo congênito, doença capaz de prejudicar o desenvolvimento do cérebro, mas que pode ser detectada pela triagem neonatal.
Realizado entre as entre 48 e 72 horas de vida do recém-nascido, o Teste do Pezinho permite o diagnóstico precoce e maior sucesso no tratamento.
Outra condição congênita detectada logo após o nascimento é distúrbio de diferenciação sexual.
Como o nome sugere, é uma malformação que dificulta a identificação do sexo biológico do bebê, podendo ser resultado de disfunções hormonais ou genéticas.
Nesses casos, especialistas podem pedir exames para confirmar o sexo genético, avaliando órgãos internos.
Diabetes
Nas palavras da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia:
“Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta.”
Problemas que impedem o aproveitamento da insulina comprometem a oferta de glicose e energia às células, prejudicando seu desempenho.
Por consequência, o paciente sofre com diabetes, vivenciando sede e fome frequentes, aumento da eliminação de urina, cansaço e fraqueza.
A doença se apresenta em dois principais tipos, sendo o tipo 1 mais comum entre crianças e adolescentes.
Essa modalidade é provocada pelo ataque dos anticorpos às células beta, levando a quadros drásticos de emagrecimento.
Se não tratado, o diabetes evolui para a cetoacidose diabética, caracterizada por desidratação, dificuldades para respirar, vômitos e até coma.
Embora seja menos comum, o diabetes tipo 2 também pode afetar meninos e meninas quando há resistência à insulina produzida pelo pâncreas.
Ambos os tipos requerem tratamento com mudança nos hábitos alimentares e rotina de exercícios físicos.
O tipo 1 costuma exigir ainda a aplicação de insulina e ingestão de medicamentos para prevenir a hiperglicemia.
Distúrbios do crescimento
O crescimento é regulado pelo hormônio GH, produzido pela hipófise – glândula localizada abaixo do cérebro, responsável pelo estímulo e secreção de diversas substâncias.
A liberação normal do GH conduz a uma estatura padrão para a idade e sexo da criança, considerando sua herança genética e fatores como a alimentação.
Isso porque a desnutrição ou falta de nutrientes essenciais interfere no processo de crescimento, favorecendo níveis baixos de peso e altura.
No entanto, se houver produção insuficiente de GH, o paciente pode sofrer com nanismo, doença que limita a estatura a padrões abaixo do normal.
A situação inversa pode desencadear o gigantismo, com crescimento anormal do menino ou menina.
Para evitar esses problemas, o endocrinopediatra corrige ou controla a secreção de GH por meio de terapias como a reposição hormonal.
Problemas na tireoide
Como citei mais acima, a tireoide influencia em uma série de atividades realizadas pelo organismo.
Essa glândula endócrina fica no pescoço e secreta dois hormônios: T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).
Ambos impactam na energia disponível para as células, sendo que sua deficiência gera quadros de cansaço, intestino preguiçoso e diminuição da frequência cardíaca.
Esses são alguns sintomas do hipotireoidismo, que favorece o ganho de peso abruptamente.
Em recém-nascidos, a forma congênita representa grande risco, podendo atrapalhar o desenvolvimento cerebral e o crescimento do corpo.
Já o hipertireoidismo faz com que o paciente perca peso de repente, devido à aceleração do metabolismo.
Essa agitação interfere na qualidade do sono, solta o intestino, aumenta o ritmo do coração, entre outros sinais.
Ambos os quadros pedem tratamento para normalizar as atividades do organismo, que pode ser feito com medicamentos, iodo radioativo ou cirurgia.
Puberdade precoce ou tardia
A puberdade é um período importante para o desenvolvimento e maturação sexual e psicológica, marcando a entrada na adolescência.
Nas meninas, a puberdade normalmente chega entre os 8 e os 13 anos de idade, enquanto aparece dos 9 aos 14 anos nos meninos.
Alguns sinais de puberdade precoce são desenvolvimento das mamas ou testículos, pelos pubianos, axilares ou odor antes desses períodos.
Segundo especialistas, essa condição pode ter como consequências:
- Transtornos psicológicos e de comportamento
- Maior risco de abuso sexual
- Baixa estatura quando adulto
- Risco aumentado de obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e certos tipos de câncer – devido à exposição precoce ao hormônio estrógeno.
Quando a puberdade se inicia depois dos 13 anos nas meninas e depois dos 14, nos meninos, isso também pode ter efeitos adversos para a saúde.
As mulheres têm risco elevado para males como a osteoporose, porque há perda do tempo em que elas mais ganham massa óssea.
Estudos também relacionam a puberdade tardia ao surgimento de patologias como a asma.
Obesidade infantil
Conforme estimativas do Ministério da Saúde, 3,1 milhões de crianças brasileiras sofrem de obesidade.
O peso muito acima do normal para a idade e estatura deve motivar uma visita ao endocrinologista pediátrico, a fim de reverter o quadro antes que se agrave.
Meninos e meninas obesos têm mais chances de desenvolver problemas nos ossos e articulações, patologias cardiovasculares e diabetes.
O tratamento pede mudanças sólidas nos hábitos alimentares, rotina de atividades físicas e, se não adiantar, investigação de outras causas para o sobrepeso.
Como é a consulta com endocrinopediatra?
A consulta com endocrinopediatra inclui anamnese, exame clínico e testes complementares.
Durante a anamnese ou entrevista com o paciente, é comum que os pais falem na maior parte do tempo, pois são eles que acompanham a criança ou adolescente.
A primeira visita a esse especialista costuma ter uma anamnese extensa, a fim de esclarecer dúvidas e fazer recomendações importantes aos responsáveis.
Claro que o filho ou filha também podem fazer perguntas e pedir orientações.
O encontro segue com base em sintomas descritos e/ou resultados de exames complementares que apoiam o diagnóstico.
Além do mais, o médico examina o corpo do paciente, verificando se há anormalidades como manchas ou alergias.
É natural, ainda, fazer a pesagem e medir a altura para conferir se estão dentro dos padrões aceitáveis para a idade e o sexo da criança ou adolescente.
Nesse cenário, podemos dizer que o endocrinologista pediátrico auxilia no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento do paciente, junto aos pais e ao pediatra.
Por fim, o especialista marca o retorno e solicita testes de imagem ou laboratório, caso ache necessário.
Endocrinopediatra online: como consultar pela internet
Tecnologias inovadoras como a plataforma de telemedicina viabilizaram o encontro com endocrinopediatra online, em ambiente seguro e intuitivo.
Graças a essa ferramenta, é possível receber assistência a distância com toda a comodidade, sem precisar sair de casa.
A consulta pela internet é interessante por acrescentar opções de cuidado com as crianças e adolescentes, permitindo a continuidade do tratamento e monitoramento pelo médico de sua confiança.
Uma das principais vantagens é a economia do tempo e dinheiro que seriam gastos no deslocamento até a clínica ou consultório.
O acesso a especialistas como o endocrinologista pediátrico também é democratizado através da telemedicina, que conecta esses profissionais a pacientes em todo o Brasil.
Mesmo áreas remotas são cobertas pelo atendimento, bastando dispor de um smartphone, tablet ou qualquer outro dispositivo ligado à internet.
Como consultar com endocrinopediatra pela Morsch
Conversar com esse especialista dentro do sistema da Telemedicina Morsch é simples e rápido.
É só seguir nosso pequeno roteiro:
- Acesse a página de agendamentos
- Use o campo de buscas para selecionar a especialidade Endocrinopediatria e escolha o profissional de sua preferência
- Defina um entre os horários de agendamento, ao lado da identificação do médico
- Você será redirecionado para uma página de login. Se não tiver cadastro, selecione “Criar conta”
- Preencha o formulário com informações de identificação e prossiga
- Crie uma senha e acesse o sistema
- Confirme o horário da teleconsulta e faça o pagamento
- Pronto! Meia hora antes do atendimento, você vai receber o link de acesso à sala virtual via WhatsApp ou SMS.
Conclusão
Ao longo deste artigo, falei sobre a função, importância e doenças tratadas pelo endocrinopediatra.
Esse especialista pode ser consultado tanto pessoalmente como online, com o suporte da teleconsulta na plataforma Morsch.
A ferramenta ainda facilita o acesso a outros médicos para você manter os cuidados de saúde em dia.
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Este artigo foi originalmente publicado em https://telemedicinamorsch.com.br/blog/endocrinopediatra