terça-feira, 19 de outubro de 2021

CONSULTA COM PEDIATRA ONLINE CUIDA DAS CRIANÇAS SEM SAIR DE CASA

 Pacientes - Marcar Teleconsulta

Consulta pediatra

consulta com pediatra faz parte da rotina de cuidados com a saúde de crianças e adolescentes.

Quando iniciado logo depois do nascimento, o acompanhamento médico ajuda a tirar dúvidas e garantir um desenvolvimento saudável para o bebê.

Contudo, é natural que pais de primeira viagem fiquem ansiosos ou preocupados com o atendimento e seus impactos na vida dos filhos.

Questões sobre como selecionar o profissional adequado, com que frequência ir ao consultório e como agir diante de uma complicação estão entre as mais comuns.

Se você está se fazendo essas perguntas, veio ao lugar certo.

Criei este artigo para esclarecer cada uma delas e trazer dicas para que a consulta com pediatra seja confortável e tranquila.

Para esses e outros cuidados, você pode contar com opções de teleconsulta.

Consulta com pediatra: por que é importante?

Quando alguém se torna mãe ou pai, fica responsável por uma vida.

Desde a gravidez, as prioridades são redefinidas para receber o novo membro da família, que nasce bastante dependente dos pais.

Ele precisa ser acolhido, alimentado e monitorado de perto, em especial durante os primeiros meses, para crescer com saúde.

Porém, mesmo quando recebe a maior atenção, detalhes importantes podem passar despercebidos aos olhos da mãe e do pai.

Alterações do sono, da alimentação e formação do corpo nem sempre são notados por quem não tem conhecimentos na área da saúde.

Daí a necessidade de consultar o pediatra regularmente.

Com saberes generalistas sobre bebês, crianças e adolescentes, o médico dará o suporte essencial para o desenvolvimento dos pacientes.

Também estará por perto para orientar pais e cuidadores a respeito dos mais diversos assuntos relativos ao crescimento.

Poderá dizer, por exemplo, que o refluxo ou regurgitação é normal para bebês, uma vez que seu aparelho digestivo ainda está se adaptando à ingestão de nutrientes.

E que adoecer pelo contato com microrganismos também é comum, pois o pequeno não era exposto a esses agentes dentro do útero materno.

Crianças tendem a sofrer acidentes como quedas durante as brincadeiras que as ajudam a descobrir o mundo.

Essas e outras questões podem ser abordadas no consultório do pediatra, ajudando os pais a conduzir a rotina da melhor forma possível.

Quando consultar com pediatra

A consulta com pediatra deve ser constante durante a infância e a adolescência de meninos e meninas, sendo marcada segundo a recomendação médica.

Se possível, eleja um profissional de confiança para acompanhar cada progresso do seu pequeno.

Assim, fica mais simples reconhecer anormalidades e pontos de atenção, além de estabelecer uma relação próxima para sanar qualquer dúvida rapidamente.

Nesse contexto, ferramentas como o WhatsApp e os aplicativos médicos são interessantes, tornando a comunicação mais ágil.

Veja, a seguir, quando você deve buscar assistência junto ao pediatra.

Consulta com pediatra diante de uma urgência

Semelhantemente a outras áreas médicas, o pediatra deve ser procurado sempre que uma urgência aparecer.

Ou seja, diante de problemas de saúde ou sintomas que causem preocupação e não melhorem depois de algumas horas.

Alguns sinais que motivam o atendimento médico são:

  • Febre
  • Calafrios
  • Dificuldade para respirar
  • Dores
  • Alergias
  • Cólicas
  • Manchas na pele
  • Diarreia
  • Vômito
  • Mal-estar.

 

Consultar pediatria

Para um crescimento saudável, consultas de rotina com pediatra são importantes desde o nascimento

Consulta pré-natal com pediatra

Mães e pais zelosos costumam buscar referências e consultar com o pediatra antes mesmo do parto.

Nesse caso, o objetivo é conhecer melhor o profissional que fará o acompanhamento do bebê, além de pedir orientações sobre os primeiros dias de vida do recém-nascido.

Primeira consulta em pediatria para recém-nascido

A primeira consulta costuma ser feita entre 5 e 7 dias depois do nascimento da criança.

Mas bebês prematuros, abaixo do peso ideal ou que tenham problemas como a icterícia podem passar com o médico mais cedo.

Assim, o profissional avalia a evolução do recém-nascido para afastar agravos à saúde e ao desenvolvimento.

Também faz recomendações quanto aos primeiros cuidados, calendário de vacinação e exames de rotina.

Consultas frequentes com pediatra no primeiro mês de vida

O acompanhamento segue em espaços curtos de tempo, sendo indicadas cerca de três consultas por mês durante essa fase.

Os encontros permitem que o pediatra verifique a adaptação do recém-nascido ao mundo exterior, seus hábitos de alimentação e sono.

Caso ele não ganhe peso ou rejeite o leite materno, pode ser recomendada uma fórmula para suprir as necessidades nutritivas.

Consulta mensal com pediatra entre os 2 e os 6 meses

Bebês um pouco mais desenvolvidos passam a frequentar o consultório uma vez por mês.

As visitas são importantes para ajustar seus padrões de sono, por exemplo, evitando que troquem o dia pela noite.

Também revelam detalhes do crescimento da criança.

Consulta com pediatra bimestral, a partir dos 7 meses

Aos 7 meses, o bebê já é mais independente, aprendendo movimentos para sentar e engatinhar.

Costuma, ainda, experimentar os primeiros alimentos diferentes do leite, com a introdução de frutas e legumes amassados, sopas e papinhas.

O médico monitora cada progresso nessa etapa, por meio de consultas bimestrais.

Consulta trimestral com pediatra após os 2 anos

O intervalo entre as visitas ao consultório passa a se estender um pouco mais a partir dos 2 anos.

Nessa fase, a maioria dos bebês é capaz de andar e falar algumas palavrinhas, o que aumenta o aprendizado e a capacidade de se expressar.

Para manter os cuidados em dia, vale marcar consultas a cada 3 meses com o pediatra.

Consulta com pediatra a cada 6 meses, a partir dos 6 anos

Com o fim da primeira infância (por volta dos 5 anos), meninos e meninas atingem um novo patamar de maturidade.

Bastante independentes, já não precisam dos pais para se alimentar, se comunicar ou ir ao banheiro.

Começam a fazer amizades e identificar seus próprios gostos, mas precisam continuar consultando o pediatra, de preferência, a cada 6 meses.

Consulta anual com pediatra para crianças maiores e adolescentes

Quando completa 7 anos, a criança é capaz de criar os próprios laços e aprende a conviver em sociedade.

Ela já pode seguir com acompanhamento anual feito pelo pediatra, que conhece seus comportamentos e terá presença relevante nas próximas fases da vida.

Uma das mais particulares é a puberdade, quando explosões hormonais desencadeiam mudanças no corpo e na mente dos pequenos.

As visitas ao médico da infância podem durar até a adolescência, de acordo com as preferências do paciente e dos pais.

Consultar pediatra

Frequência das consultas pediátricas varia também de acordo com a idade das crianças

Qual deve ser a frequência de consultas com pediatra?

Como detalhei acima, a frequência das consultas depende da idade e da condição de saúde do paciente.

Se a criança não tiver nenhuma patologia crônica e se desenvolver normalmente, a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é a seguinte:

  • Primeira consulta: de 5 a 7 dias após o nascimento
  • De 5 a 30 dias de vida: três consultas por mês
  • De 2 a 6 meses: uma consulta mensal
  • De 7 a 24 meses: uma consulta bimestral
  • De 2 a 5 anos: uma consulta trimestral
  • Dos 6 aos 7 anos: uma consulta semestral
  • Após os 7 anos: uma consulta por ano.

 

Até quantos anos o adolescente vai à consulta com pediatra?

Ainda de acordo com a SBP, os encontros com o pediatra devem ser mantidos até o fim da adolescência, por volta dos 18 ou 19 anos.

O que o pediatra faz em uma consulta?

Durante a consulta, o pediatra segue o roteiro normal, realizando a anamnese, exame físico e, se for preciso, pedindo testes complementares.

A diferença para outras especialidades é que, em boa parte dos casos, o paciente em si não é capaz de interagir durante a entrevista ou anamnese.

Então, quem responde às perguntas e faz questionamentos é a mãe, o pai e outros acompanhantes que compareçam ao consultório.

O exame físico é uma parte importante da avaliação, pois permite que o médico analise o tônus muscular, ossos e identifique fraturas e outros problemas nesses tecidos.

A avaliação fica mais completa com o acesso a testes que verificam se está tudo ok com a visão, audição e movimentos do menino ou menina.

No recém-nascido, resultados de procedimentos como o teste da orelhinha e do pezinho são fundamentais para rastrear qualquer problema.

Ao final da consulta, o médico sugere datas para o retorno do paciente, prescreve medicamentos e faz o pedido de exames que considere necessários.

Como é a consulta com pediatra online?

Viabilizada pela telemedicina, a consulta com pediatra online é bem parecida com o atendimento presencial.

Mas com a diferença de não exigir que médico e paciente estejam no mesmo local físico para que o encontro aconteça.

Embora haja certa limitação ao exame físico, a telemedicina pediátrica tem se apresentado como opção interessante para manter a assistência periódica às crianças e adolescentes.

Especialmente em épocas críticas como durante a atual pandemia pelo coronavírus.

Com a consulta a distância, você preserva seu filho sem deixar de lado os cuidados com a saúde.

Graças aos recursos avançados que fazem parte da plataforma de teleconsulta, o médico consegue usar o telemonitoramento para acompanhar o desenvolvimento da criança.

Pode até atender a queixas leves, como tosse, coriza e dor de ouvido, focando na coleta de informações e observação da condição clínica do paciente.

Sistemas modernos como o da Telemedicina Morsch permitem o preenchimento do prontuário digital em tempo real, avaliação de exames, pedido por novos testes e emissão de receitas.

Todos esses documentos podem ser enviados para os pais rapidamente, facilitando o tratamento.

Além da consulta online, você pode aproveitar serviços como:

  • Segunda opinião médica para esclarecer dúvidas sobre diagnósticos e terapias
  • Laudo digital, que confere agilidade na entrega dos resultados de exames
  • Armazenamento de dados na nuvem, com toda a segurança da criptografia e senhas para proteger os dados de saúde do seu pequeno.

 

O que perguntar na primeira consulta com o pediatra

A primeira consulta com o médico do seu filho tende a gerar ansiedade e vários questionamentos.

É natural surgir uma série de perguntas, por exemplo:

  • Será que meu leite está fazendo bem ao bebê?
  • Ele está mamando o suficiente?
  • Preciso dar mais de um banho por dia?
  • O que fazer para cuidar do umbigo?
  • Com que frequência tenho de trocar a fralda?
  • Meu bebê chora muito, devo mantê-lo no colo?
  • Como proteger a criança de inflamações e infecções?
  • Quanto tempo espero para passear com o recém-nascido? A quais locais posso ir?
  • Quais alimentos posso consumir para facilitar a digestão do bebê?
  • O que fazer se ele sentir cólicas?
  • É normal que o recém-nascido durma por poucas horas, várias vezes ao dia?
  • Em que posição o bebê deve dormir?
  • Qual a melhor época para introduzir alimentos além do leite?

Então, não tenha receio de questionar o pediatra sobre esses e outros temas, incluindo as dúvidas que aparecerem durante a consulta.

Medicina infantil

Primeiras consultas podem gerar alguma ansiedade, mas é importante sanar todas as suas dúvidas

Como marcar consulta com pediatra particular pela internet

A consulta online com pediatra preserva a saúde, agrega agilidade ao atendimento e economia com valores que seriam gastos no deslocamento até uma clínica ou consultório.

Por isso, ela vem ganhando popularidade em todo o Brasil.

Para marcar a sua, basta seguir o breve roteiro abaixo:

  1. Acesse a página de agendamentos
  2. Use o campo de buscas para selecionar a especialidade Pediatria e escolha o profissional de sua preferência
  3. Defina um entre os horários de agendamento, ao lado da identificação do médico
  4. Você será redirecionado para uma página de login. Se não tiver cadastro, selecione “Criar conta”
  5. Preencha o formulário com informações de identificação e prossiga
  6. Crie uma senha e acesse o sistema
  7. Confirme o horário da teleconsulta e faça o pagamento
  8. Meia hora antes do atendimento, você vai receber o link de acesso à sala virtual via WhatsApp ou SMS. Clique e converse com seu médico por videoconferência.

 

Conclusão

consulta com pediatra é uma importante ferramenta para monitorar o desenvolvimento, prevenindo doenças e agravos à saúde das crianças.

Esse profissional pode acompanhar o paciente até a entrada na idade adulta, quando o clínico geral assume os cuidados básicos.

RX-E-TC-Exposicao-e-risco-de-cancer

A boa notícia é que você não precisa sair de casa com seu pequeno para passar por consulta.

Optando pelo atendimento online, dá para receber assistência de qualidade, com todo o conforto.

Basta ter um dispositivo conectado à internet para aproveitar todas as vantagens da teleconsulta.

Acesse o sistema Morsch e agende seu encontro online com o pediatra.

Se gostou deste conteúdo, compartilhe.

Inscreva-se na newsletter para ficar por dentro de temas relacionados à saúde e tecnologia.

Este artigo foi originalmente publicado em https://telemedicinamorsch.com.br/blog/consulta-pediatra

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin

domingo, 17 de outubro de 2021

ISQUEMIA CEREBRAL: SINTOMAS, RISCOS, SEQUELAS E DIFERENÇAS DO AVC

 Pacientes - Marcar Teleconsulta

isquemia cerebral

isquemia cerebral é uma doença que leva à interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro.

Como consequência, uma ou mais áreas do órgão deixam de receber oxigênio, representando risco de sequelas ao paciente ou mesmo de morte.

O quadro exige tratamento imediato para diminuir esses riscos e melhorar a qualidade de vida da vítima.

Daí a necessidade de conhecer os sintomas, causas e saber o que fazer diante de uma isquemia cerebral.

É sobre isso que falo nas próximas linhas, incluindo sugestões que auxiliam no tratamento e na recuperação do doente após o AVC isquêmico.

O monitoramento ganha agilidade com o suporte de um especialista através da telemedicina.

Acompanhe até o final para saber tudo a respeito!

O que é isquemia cerebral?

Isquemia cerebral é uma emergência médica caracterizada pelo bloqueio do fluxo sanguíneo no cérebro.

Esse bloqueio pode ser provocado por massas que se deslocam ou se depositam nas artérias: os trombos ou êmbolos.

Sem sangue, as células locais – chamadas neurônios – não recebem o oxigênio e outros nutrientes de que precisam para realizar suas funções.

Caso não haja socorro rápido, os neurônios morrem, comprometendo uma ou mais tarefas coordenadas por essas células.

Vêm daí o risco à vida e as sequelas deixadas pela isquemia cerebral.

Porém, o socorro ágil pode garantir a recuperação completa ou da maior parte das funções cerebrais, graças a tratamentos específicos.

Quem possui problemas de coagulação do sangue e doenças cardiovasculares como a hipertensão tem maior perigo de sofrer uma isquemia.

Contudo, investir no controle dessas patologias e num estilo de vida saudável diminui as chances de sofrer com esse mal.

Qual a diferença entre AVC e isquemia cerebral

Existem diversas nomenclaturas utilizadas pelos médicos e demais profissionais de saúde no dia a dia.

Por vezes, essa variedade de nomes acaba confundindo quem não está familiarizado com os termos técnicos.

Na verdade, a isquemia cerebral é um tipo de acidente vascular cerebral (AVC).

Tanto que, em termos médicos, ela é conhecida como Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI).

Então, vamos voltar um passo e entender o que é um AVC, começando pela definição da Organização Mundial da Saúde (OMS):

“AVC refere-se ao desenvolvimento rápido de sinais clínicos de distúrbios focais e/ou globais da função cerebral, com sintomas de duração igual ou superior a 24 horas, de origem vascular, provocando alterações nos planos cognitivo e sensório-motor, de acordo com a área e a extensão da lesão.”

A dificuldade para compreender que a isquemia se trata de um AVC vem, provavelmente, do fato de existirem dois tipos de acidente vascular cerebral.

O primeiro é o isquêmico (ou isquemia), que se refere ao entupimento dos vasos que transportam sangue até o cérebro.

Dependendo da gravidade, pode haver uma obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo.

A isquemia cerebral é o tipo mais comum de AVC, representando 85% dos casos desse evento.

No entanto, o tipo mais letal e perigoso é o AVC hemorrágico, que responde pelos 15% de casos restantes.

No AVC hemorrágico, o vaso sanguíneo não sofre apenas uma obstrução, mas se rompe.

O paciente sofre uma hemorragia que se estende pelo tecido cerebral ou alcança o espaço entre o cérebro e a meninge.

Muita gente acaba confundindo essas duas modalidades de acidente vascular cerebral, chamando o AVCI de isquemia, e o AVC hemorrágico, simplesmente de AVC.

Isquemia do cérebro

Consultas de prevenção e controle da isquemia diminuem as chances de sofrer com esse mal

Causas da isquemia cerebral

A maioria das causas do AVC isquêmico se relaciona ao espessamento das artérias que irrigam o cérebro, dificultando a passagem do sangue.

Por isso, muitos pacientes que sofrem de isquemia cerebral possuem doenças associadas que favorecem esse quadro, como a aterosclerose.

Aterosclerose é uma patologia que leva ao acúmulo de gorduras, cálcio e colesterol nas paredes das artérias, os vasos que transportam sangue oxigenado para todo o corpo.

Veja, a seguir, quatro principais causas para a isquemia cerebral.

Obstrução por ateroma

Quem desenvolve aterosclerose costuma passar algum tempo sem apresentar qualquer sintoma, até que as placas (ateromas) provoquem uma complicação.

Caso o depósito de gordura e outras substâncias gere um bloqueio importante em uma artéria do pescoço ou da cabeça, vai desencadear a isquemia.

Bloqueio por trombos

Trombos são coágulos formados por uma série de condições.

Uma delas, inclusive, é o entupimento parcial dos vasos sanguíneos por ateromas, fazendo o fluxo perder velocidade.

Circulando de forma lenta, aumentam as chances de o sangue coagular, formando trombos que obstruem as artérias.

Embolia

A embolia ocorre quando uma massa sólida se desloca do local de origem, viajando pelos vasos sanguíneos.

Essa massa pode ser tanto um coágulo ou trombo quanto um ateroma.

Ao se deslocar, ele pode acabar próximo à cabeça, causando isquemia cerebral.

Outras doenças

Existem patologias que modificam características do sangue, tornando-o mais propício à coagulação.

Por consequência, é mais fácil a formação de coágulos que atrapalham a circulação.

Uma delas é a superprodução de células sanguíneas como as hemácias, chamada policitemia.

Outro problema pode acontecer com doentes que têm anemia falciforme, porque essa condição diminui a entrega de oxigênio aos neurônios.

Fora esses males, os vasos do cérebro podem ficar mais estreitos por uma infecção ou inflamação.

Ou sofrer com a falta de irrigação sanguínea decorrente da redução na velocidade do líquido, afetada por ritmos anormais do coração como a fibrilação atrial.

Embora sejam relevantes, essas doenças são responsáveis por uma parte menor dos casos de isquemia cerebral.

Saúde do cérebro

Um dos fatores que causa a isquemia é a infecção ou inflamação dos vasos do cérebro (Foto: FondoScience)

Quais são os sintomas de isquemia cerebral?

Como alertei no início do texto, a isquemia cerebral é tempo-dependente, ou seja, tem maiores complicações conforme o tempo passa.

O atendimento precisa ser iniciado em até 4 horas e meia para diminuir os riscos.

Portanto, fique atento aos sintomas informados pelo Ministério da Saúde:

  • Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo
  • Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo
  • Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos
  • Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem
  • Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.

Além do AVC isquêmico, esses sinais podem aparecer por causa da isquemia cerebral transitória.

Esse é um quadro em que os sintomas desaparecem de modo espontâneo em cerca de um dia.

Também conhecida como mini AVC, a condição é desencadeada por uma interrupção ou redução pontual do fluxo sanguíneo no cérebro.

Apesar de parecer menos grave, ela também exige cuidados médicos ágeis para prevenir sequelas.

Riscos da isquemia no cérebro

O principal risco da isquemia no cérebro é a morte dos neurônios, que pode levar o paciente a óbito em poucas horas.

Contudo, a maioria dos doentes sobrevive com sequelas.

Essas marcas costumam ser diferentes em cada pessoa, porque dependem da área afetada e de características individuais.

Como o cérebro controla todas as funções do organismo, a parte prejudicada pela isquemia vai ditar quais ficam comprometidas.

Outro fator importante é o grau de comprometimento das células, que é bastante influenciado pelo tempo que o paciente teve de esperar por socorro.

Os danos podem ser permanentes ou parciais, apresentando melhora progressiva mediante terapias de reabilitação, a exemplo de remédios e fisioterapia.

De qualquer forma, há sequelas comuns, que cito abaixo:

  • Paralisia de uma parte do corpo, como braços, pernas ou um lado inteiro
  • Paralisia facial
  • Fraqueza nos membros superiores ou inferiores
  • Problemas para andar e desempenhar tarefas simples
  • Dificuldade para se equilibrar
  • Diminuição da capacidade de raciocínio
  • Problemas para falar ou engolir
  • Dificuldades para enxergar
  • Perda da autonomia
  • Alterações no comportamento
  • Transtornos neurológicos.

 

Isquemia cerebral em idosos é grave?

Sim, a isquemia cerebral em idosos é grave e comum.

Para se ter uma ideia, as chances de sofrer um acidente vascular cerebral duplicam depois dos 55 anos.

Nesse cenário, faz sentido que estudos citem a idade como um fator de risco não modificável para ambos os tipos de AVC.

Outros fatores que não podem ser alterados são: sexo, raça, localização geográfica e hereditariedade.

Os homens são mais afetados pela doença, em especial porque são maioria entre os casos de hipertensão até os 50 anos.

Considerando a raça, negros têm risco duas vezes maior para desenvolver o AVCI.

Já o fator referente à localização geográfica aponta que hispânicos têm 1,5 mais chances de serem acometidos pela isquemia cerebral do que outros povos.

Acidente vascular isquêmico

Manter o controle da saúde do idoso por meio de exames de rotina diminui os riscos da doença

Isquemia cerebral tem cura?

Sim, muitos casos de isquemia cerebral têm cura.

Para tanto, é preciso realizar um tratamento que desfaça o trombo, êmbolo ou ateroma, liberando a passagem do sangue para todas as áreas do cérebro.

Pacientes que conseguem receber socorro rápido são candidatos à administração de medicamentos chamados trombolíticos, que dissolvem a massa sólida.

Outra opção é usar um cateter para aspirar o coágulo ou placa de gordura.

Ambas as terapias são realizadas em ambiente hospitalar, geralmente por uma equipe multidisciplinar.

Dessa forma, fica mais simples controlar a pressão arterial e outros pontos de interesse para o sucesso do tratamento.

Isquemia cerebral deixa sequelas?

sobrevida do paciente costuma incluir sequelas permanentes ou transitórias, que podem desaparecer com o tempo.

E, claro, com o suporte de um tratamento eficiente para que o doente recupere as funções perdidas.

Nesse contexto, é relevante o envolvimento de médicos, profissionais de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos etc.

Qual é o médico especialista em isquemia?

O especialista qualificado para diagnosticar e tratar a isquemia no cérebro é o neurologista.

Esse é o médico apto para investigar os problemas que afetam o encéfalo, incluindo doenças cerebrovasculares como o AVC.

Passar por consulta com o neurologista esporadicamente ajuda a evitar complicações, além de melhorar a qualidade de vida.

Isso porque muitos males, especialmente os que afetam a circulação, podem ser prevenidos a partir de medidas simples.

Por exemplo:

  • Manter uma dieta balanceada e nutritiva
  • Fazer atividade física pelo menos 3 vezes por semana
  • Parar de fumar
  • Controlar o peso, mantendo o IMC (Índice de Massa Corporal) entre 20 e 25
  • Fazer um checkup anual com bateria de exames, prestando atenção em indicadores como colesterol e triglicérides
  • Manter doenças associadas sob controle, seguindo a recomendação médica para tratar pressão alta, diabetes, colesterol alto, arritmias e insuficiência cardíaca.

 

Consulte com um neurologista online

Agora que você já sabe da importância de prevenir e tratar a isquemia cerebral, pode buscar o auxílio de um neurologista.

Diante de um AVC, leve o doente ao pronto-socorro mais próximo para que ele passe por uma tomografia, receba diagnóstico e tratamento.

Em muitos casos, será preciso manter um acompanhamento para prevenir novos acidentes vasculares cerebrais e/ou tratar as sequelas.

Só que, dependendo da região onde o paciente vive, o acesso ao neurologista é difícil.

O resultado são filas de espera de dias ou até semanas, o que eleva o risco de complicações.

Nesse cenário, têm surgido soluções para democratizar o acesso à saúde, a exemplo da teleconsulta.

Em vez de aguardar ou gastar com o deslocamento até uma capital, você conversa com um neurologista online, com toda a comodidade.

Esse atendimento acontece dentro de um sistema adaptado com as melhores ferramentas de som e imagem, além da possibilidade de gerar documentos médicos digitais.

É a plataforma de telemedicina, que reúne segurança, praticidade e agilidade em um só lugar.

Basta ter um dispositivo conectado à internet para receber assistência de qualidade, a partir de qualquer local do Brasil e do mundo.

Veja como é fácil agendar sua consulta online no software Morsch:

  1. Acesse a página de agendamentos
  2. Use o campo de buscas para selecionar a especialidade Neurologia e escolha o profissional de sua preferência
  3. Escolha entre os horários de agendamento, ao lado da identificação do médico
  4. Você será redirecionado para uma página de login. Se não tiver cadastro, selecione “Criar conta”
  5. Preencha o formulário com informações de identificação e prossiga
  6. Crie uma senha e acesse o sistema
  7. Confirme o horário da teleconsulta e faça o pagamento
  8. Pronto! Meia hora antes do atendimento, você vai receber o link de acesso à sala virtual via WhatsApp ou SMS.

 

Conclusão

Neste artigo, falei sobre os tipos, as causas e os sintomas da isquemia cerebral.

Ao identificar os sinais dessa emergência, chame uma ambulância ou corra para o pronto-socorro mais próximo.

Se perceber sintomas menos graves, você também pode contar com a plataforma de telemedicina Morsch para receber atendimento neurológico online.

E se gostou deste conteúdo, que tal ser avisado sobre os próximos?

Então, assine nossa newsletter.

Este artigo foi originalmente publicado em https://telemedicinamorsch.com.br/blog/isquemia-cerebral

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin