quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

QUEIMAÇÃO NA GARGANTA: O QUE PODE SER ESSE SINTOMA E O QUE FAZER? | PODC...

MÉDICO DE PULMÃO: SAIBA COMO CONSULTAR ONLINE COM PNEUMOLOGISTA

 Médico de pulmão

Procurando um médico de pulmão, forma popular de se referir ao pneumologista?

Esse é o especialista capacitado para diagnosticar e tratar males das vias aéreas inferiores.

Além do próprio pulmão, traqueia, pleura e mediastino são objeto de estudo desse profissional.

Geralmente, os problemas respiratórios mais comuns começam nas vias aéreas superiores para, em seguida, avançar e atingir as inferiores.

É o caso da pneumonia viral, que pode ser consequência de uma gripe mal curada.

Mas saiba que não é preciso esperar agravos aparecerem para consultar um pneumologista.

Afinal, visitas preventivas são sempre importantes.

E com o auxílio da tecnologia, você tem opções rápidas e práticas para ter acompanhamento constante desse especialista, através da teleconsulta.

Explico melhor como funciona essa alternativa e quais ocasiões pedem atendimento do médico de pulmão nos próximos tópicos.

Siga com a leitura e saiba mais.

Como se chama o médico de pulmão?

Popularmente conhecido como médico de pulmão, o pneumologista estuda a anatomia e o funcionamento das vias aéreas inferiores.

Para entender melhor o trabalho desse profissional, vale voltar um passo e falar sobre o aparelho respiratório.

Responsável pela troca de gases que garante a captação de oxigênio e eliminação de gás carbônico, o sistema é formado por vias aéreas superiores e inferiores.

As superiores ficam acima do tórax e também podem ser avaliadas pelo otorrinolaringologista – ou simplesmente otorrino.

São elas: nariz, cavidades nasais, faringe e laringe.

É por essas estruturas que o ar é filtrado, entra no corpo e é aquecido antes de chegar aos pulmões.

Depois da laringe, o ar passa para as vias aéreas inferiores, localizadas na área torácica.

São elas:

  • Traqueia: fino tubo capaz de filtrar partículas que tenham passado pela laringe e que permite a chegada do ar aos pulmões
  • Pulmões: órgãos esponjosos que reúnem as partes responsáveis pela troca gasosa e respiração (brônquios, bronquíolos e alvéolos)
  • Pleura: membrana que recobre os pulmões
  • Brônquios: tubos que nascem na traqueia, divididos entre pulmão direito e esquerdo
  • Bronquíolos: pequenas ramificações dos brônquios
  • Alvéolos: bolsas localizadas na extremidade dos bronquíolos, que contêm vasos sanguíneos muito finos – os capilares. É nessa área que ocorrem as trocas gasosas, captando oxigênio e expelindo gás carbônico
  • Mediastino: espaço que fica entre os pulmões.

Como o oxigênio é o principal componente para a sintetização de energia pelas células de todo o corpo, dá para imaginar a importância do aparelho respiratório.

E de manter suas estruturas sempre bem cuidadas.

O que um médico pneumologista faz?

Cabe ao médico pneumologista diagnosticar, tratar e contribuir para a prevenção de males do aparelho respiratório.

Principalmente as vias aéreas inferiores.

Esse especialista tem papel central no combate às patologias respiratórias, doenças comuns que podem ser perigosas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, as infecções respiratórias são a terceira causa de morte em adultos em todo o mundo.

Grande parte dos óbitos tem relação com a pneumonia, quadro infeccioso que compromete o funcionamento dos pulmões.

Geralmente, a pneumonia pode ser evitada com medidas simples como manter os ambientes bem arejados, lavar as mãos com frequência, se vacinar e não fumar.

Além desses hábitos saudáveis, é essencial manter uma rotina preventiva, buscando ajuda médica se perceber complicações respiratórias.

Um exemplo é a gripe, doença corriqueira que pede descanso, ingestão de líquidos e fortalecimento do sistema imunológico para ser curada.

A maioria dos casos pode ser tratada em casa.

Contudo, é preciso consultar o pneumologista ou mesmo o clínico geral se o quadro se agravar.

Caso contrário, o vírus da gripe pode alcançar os pulmões e desencadear uma pneumonia.

Especialista de pulmão

Pneumologista atua no diagnóstico e tratamento de males que atingem o aparelho respiratório

Quando consultar um médico especialista de pulmão

Embora o normal seja lembrar do pneumologista apenas quando se está doente, é inteligente consultar esse especialista com finalidade preventiva.

Um exemplo de assistência com foco na prevenção são os atletas profissionais ou amadores que pedem uma avaliação da capacidade respiratória.

Nesse contexto, o médico faz o exame físico e solicita testes como a espirometria para verificar se está tudo ok com os pulmões.

Assim, é possível evitar problemas nas vias aéreas por causa do esforço físico exigido na prática de alguns esportes.

Confira, abaixo, as principais situações que se beneficiam da consulta com o pneumologista.

1. Para prevenir doenças

Males que acometem o aparelho respiratório costumam se manifestar em períodos secos, como o inverno.

Durante essa estação, o ar fica mais carregado de poluentes capazes de sensibilizar as vias aéreas e gerar inflamações.

Mas uma abordagem preventiva pode reverter essa tendência, por meio de terapias e hábitos que diminuem as chances de sofrer com resfriados, gripes, asma e outras patologias.

O pneumologista tem os conhecimentos necessários para orientar o paciente e/ou seus responsáveis, colaborando para melhorar a qualidade de vida.

2. Se tiver sintomas de males respiratórios

Nem sempre dá para identificar uma doença ou o especialista que se deve procurar para conseguir assistência.

Porém, alguns sintomas são típicos de problemas respiratórios e podem ser avaliados pelo médico de pulmão.

Abaixo, listo os mais frequentes.

Redobre a atenção se perceber dois ou mais sintomas associados:

  • Falta de ar
  • Tosse que não passa
  • Cansaço em repouso
  • Chiado ou dor no peito
  • Tosse com sangue ou catarro de cor forte
  • Ronco
  • Febre alta
  • Quadros consecutivos de inflamações ou infecções respiratórias.

 

3. Para tratar doenças respiratórias

Sejam crônicas ou passageiras, as patologias do trato respiratório devem ser diagnosticadas e tratadas pelo pneumologista.

A lista de males desse tipo pode ser extensa, por isso, detalho os mais comuns abaixo.

Bronquite

É uma inflamação nos brônquios, que são tubos que se estendem pelos pulmões.

A bronquite pode ser aguda ou crônica.

aguda é provocada por vírus ou bactérias que se instalam nos brônquios, causando incômodos como tosse persistente com muco.

Essa forma da doença costuma melhorar e ter cura espontânea depois de dias ou poucas semanas.

Já a forma crônica resulta de anos de agressões aos bronquíolos pela aspiração de substâncias nocivas, levando à deterioração das vias aéreas.

Nesse caso, a bronquite não tem cura.

Médico pneumologista

Doenças pulmonares são investigadas a partir de exames de imagem solicitados pelo médico

Asma

Quem sofre com asma costuma nascer com os pulmões mais sensíveis que o normal, o que favorece sua obstrução diante de substâncias irritantes.

Podem ser produtos de limpeza, perfumes, ácaros ou poeiras que, quando inalados, provocam crises de falta de ar, tosse, chiado e dor no peito.

A asma é sempre crônica, portanto, o paciente se beneficia de terapias e medidas preventivas para evitar as crises.

Pneumonia

Trata-se de um quadro infeccioso nos pulmões, que costuma atingir os alvéolos, prejudicando a troca de gases essencial para a respiração.

Bactérias, vírus e fungos são os agentes causadores da patologia, caracterizada por falta de ar, febre alta e persistente.

Dependendo da gravidade, a pneumonia pode levar à confusão mental, alterações nos valores de pressão arterial e até à insuficiência respiratória aguda.

Nesse ponto, os pulmões não conseguem manter a eficiência nas trocas gasosas, necessitando de atendimento emergencial para evitar danos ao cérebro e ao coração.

Tuberculose

Tuberculose é uma infecção causada pelo bacilo de Koch, que em geral acomete os pulmões. Provoca tosse, febre, cansaço e sudorese, sendo tratada com antibióticos.

Embolia pulmonar

Ocorre quando um coágulo obstrui a artéria pulmonar, desencadeando falta de ar, dor torácica intensa e palpitações.

Requer socorro imediato, pois pode ser fatal.

Câncer de pulmão

Formado pelo crescimento desordenado de células doentes que destroem os tecidos saudáveis, o tumor maligno vai comprometendo a capacidade pulmonar aos poucos.

Tosse com sangue, rouquidão e perda de peso estão entre os sintomas, que devem motivar uma visita ao pneumologista o mais breve possível.

Fibrose cística

Fibrose cística é uma doença genética que afeta uma série de órgãos, como rins, intestino, pâncreas e pulmões.

Exige tratamento feito por uma equipe multidisciplinar, incluindo o médico de pulmão para combater problemas respiratórios.

Coqueluche

Infecção respiratória que acomete principalmente crianças, provocando crises de tosse seca, mal-estar e febre.

Pode ser evitada com a vacina, disponível pelo SUS em todo o país.

Como é a consulta com médico do pulmão?

A consulta com o pneumologista tem início com uma conversa ou entrevista com o paciente, que serve para coletar dados importantes.

É durante esses primeiros minutos que o médico se informa sobre o motivo da visita, presença ou não de sintomas, história familiar e se há doenças crônicas.

Analisadas em conjunto, essas informações dão pistas sobre problemas respiratórios que estejam provocando incômodos como a falta de ar.

Portanto, é fundamental responder tudo com franqueza e com a maior clareza possível.

Comente, também, sinais que tenha percebido nos últimos dias e se apareceram depois de algum gatilho.

A exposição a pólen ou fumaça irritante pode ter ocasionado uma crise de asma, por exemplo.

Mesmo fatores estressantes podem ter influência sobre quadros respiratórios, então, relate tudo o que achar importante.

Em seguida, vem o exame clínico, composto por avaliação da pele, dos sintomas, ausculta para verificar se há chiado no peito, entre outros procedimentos.

Você pode esclarecer dúvidas e fazer perguntas a qualquer momento.

Por fim, o especialista pode pedir testes complementares para confirmar ou afastar a suspeita clínica, a exemplo de:

  • Testes de laboratório para verificar a presença de infecções
  • Raio X de tórax

 

Médico de pulmão pela internet

Diante de crises graves, você deve correr ao pronto-socorro mais próximo.

No entanto, a maioria dos casos permite uma avaliação com menos urgência, por meio da marcação de consulta com o pneumologista.

A boa notícia é que inovações tecnológicas possibilitaram a conexão entre médico e paciente a distância, através da teleconsulta.

O atendimento por videoconferência é feito em uma sala exclusiva, dentro do ambiente seguro da plataforma de telemedicina.

Nesse software, o médico consegue observar alterações na fala, falta de ar e outros sintomas relatados pelo paciente.

Sistemas modernos como o da Telemedicina Morsch possuem espaço para a criação de documentos durante a consulta online.

Assim, o médico de pulmão atualiza o prontuário digital, inclui dados sobre a condição clínica, pedidos de exames, atestados e receitas.

Inclusive, a receita digital recebe um QR Code que facilita sua leitura nas farmácias, otimizando a compra de medicamentos e evitando dúvidas para interpretar a letra de médico.

consulta a distância também tem opções de monitoramento para pessoas com doenças crônicas, que recebem assistência no conforto de suas casas.

Consultar pneumologista

Na teleconsulta, o paciente acessa o médico pneumologista de forma fácil, prática e rápida

Consulta online com pneumologista

Além da comodidade, a consulta online com pneumologista agrega economia ao atendimento, já que você não precisa se deslocar até o consultório ou clínica.

Dessa forma, pode poupar o valor que seria gasto com passagens, gasolina e alimentação fora de casa.

Essa opção também resulta em economia de tempo e praticidade, pois a teleconsulta pode ser feita de qualquer lugar.

Basta ter um dispositivo conectado à internet para conversar com o médico de sua confiança.

Outra vantagem é o acesso facilitado ao pneumologista, ainda que você more em locais afastados dos centros urbanos.

E a ampla segurança dos seus dados de saúde, sustentada por mecanismos de proteção como senhas e criptografia.

Suas informações ficam disponíveis facilmente para pessoas autorizadas, mas guardadas de fraudes e da deterioração pelo tempo, porque são arquivadas na nuvem (internet).

Tudo isso com agilidade desde a etapa de marcação da consulta onlineVeja como é simples:

  • Acesse a página de agendamentos
  • Use o campo de buscas para selecionar a especialidade Pneumologia e escolha o profissional de sua preferência
  • Defina um entre os horários de agendamento, ao lado da identificação do médico
  • Você será redirecionado para uma página de login. Se não tiver cadastro, selecione “Criar conta”
  • Preencha o formulário com informações de identificação e prossiga
  • Crie uma senha e acesse o sistema
  • Confirme o horário da teleconsulta e faça o pagamento
  • Meia hora antes do atendimento, você vai receber o link de acesso à sala virtual via WhatsApp ou SMS.

 

Conclusão

Neste artigo, falei sobre a atuação, importância e doenças tratadas pelo médico de pulmão.

Mostrei, ainda, como utilizar a telemedicina para manter seus cuidados de saúde em dia.

No marketplace médico da Morsch, você encontra pneumologistas e outros especialistas prontos para te atender com rapidez e qualidade.

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Este artigo foi originalmente publicado em https://telemedicinamorsch.com.br/blog/medico-de-pulmao

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

QUAL A SATURAÇÃO NORMAL DE OXIGÊNIO E O QUE ISSO SIGNIFICA | PODCAST MORSCH

ENTENDA O QUE É E COMO TRATAR A PROSTATITE

 Entenda o que é e como tratar a prostatite

Você sabia que a prostatite está entre as principais doenças que atingem os homens?

Ao lado do câncer de próstata e da hiperplasia prostática benigna, ela é uma das condições da glândula reprodutiva masculina que mais merecem atenção. 

Segundo dados da UFRGS, a patologia tem prevalência média de 8,2% na população, sendo que 35% a 50% dos homens apresentarão seus sintomas em algum momento da vida.

Sendo assim, mesmo que o tema principal do Novembro Azul seja a prevenção do câncer, este também é um momento importante para discutirmos os riscos da prostatite

Apesar de ter um tratamento relativamente simples, é fundamental garantir o diagnóstico precoce e adotar as medidas necessárias o mais cedo possível.

Isso porque, se não combatida, a doença pode evoluir para quadros graves, com complicações que vão deste a sépsis, até a retenção urinária e a formação de abcessos.

Mas afinal, o que é prostatite exatamente? Quais os seus tipos, causas, sintomas e fatores de risco? Como diagnosticar, tratar e prevenir essa condição?

Para que você mantenha sua saúde em dia e saiba todos os sinais de alerta, preparei este artigo completo sobre o assunto. Acompanhe.  

O que é prostatite?

Em suma, a prostatite é caracterizada como uma inflamação da próstata. Durante o quadro, há um crescimento anormal da glândula reprodutiva masculina.

Quando ela ocorre, a passagem da urina é dificultada. Além disso, o homem sente desconfortos, dores e outros sintomas que explico adiante neste conteúdo.

Em grande parte dos casos, a prostatite está relacionada a infecções bacterianas. Contudo, ela pode ter outras causas. Nesses casos, acredita-se que ela esteja associada a microrganismos como fungos, vírus, entre outros, além de fatores gerados pelo próprio organismo. 

Em geral, a doença atinge homens adultos. Inclusive, dependendo do tipo, ela ocorre naturalmente pelo avanço da idade. Em situações mais raras, pode atingir pré-adolescentes. 

Veja nos próximos itens como são suas diferentes manifestações, o que provoca elas, os sintomas gerados, causas e outros detalhes de suma importância para entender a patologia. 

Tipos comuns de prostatite

Agora que você já sabe o que é prostatite, vale mencionar que seus tipos são diversos e podem ter uma classificação complexa.

Elas incluem casos como prostatite bacteriana aguda e crônica, prostatite crônica não inflamatória ou prostatodinia, síndrome de dor pélvica e prostatite inflamatória assintomática.

Entretanto, para conhecer a patologia e prevenir-se contra ela, podemos condensar essa categorização em três tipos principais.

São eles: prostatite agudaprostatite crônica e não bacteriana. Confira agora:

Prostatite aguda

prostatite aguda é gerada por uma infecção bacteriana. Sua manifestação é repentina, febril e apresenta sintomas marcantes, especialmente no sistema urinário.

Nela, o homem sente dificuldades para esvaziar toda a urina. Além disso, sua febre pode ser acompanhada de tremores, calafrios e outros sintomas febris comuns, como dor de cabeça

Trata-se de uma infecção generalizada que, se evoluir, pode levar ao risco de septicemia (complicação potencialmente fatal típica de quadros infecciosos agudos). 

Outra consequência de sua evolução é o abscesso prostático. Dependendo de sua gravidade, ele pode exigir até mesmo tratamento cirúrgico. 

Por conta da intensidade e dos riscos relacionados, é fundamental buscar por atendimento o quanto antes no pronto-socorro. 

Prostatite crônica

Já a prostatite crônica, como o nome indica, tem uma evolução mais lenta. Ela caracteriza-se como uma infecção urinária e seu tratamento é mais difícil.

Além disso, pode ser resultado de um tratamento inadequado da prostatite aguda ou que não teve resposta aos antibióticos.

Esse quadro infeccioso tem recorrência duradoura por conta da permanência de bactérias no líquido produzido pela próstata. 

Inclusive, ela gera o aumento no PSA, indicador recomendado para detectar o câncer de próstata. Nesse sentido, confunde-se muitas vezes o diagnóstico entre a prostatite e o câncer de próstata. 

Ao passo que, outro fator que dificulta sua identificação é a variabilidade dos sintomas. Eles podem ser diversos e às vezes até inexistentes. 

Em parte significativa dos casos, ocorre o aumento benigno da próstata. Com ele, há dificuldade para urinar, ardência e frequência aumentada. Também pode ocorrer dor ao ejacular.

Prostatite crônica

Muitas vezes, quando o homem levanta muito a noite para ir ao banheiro, pode ser sinal de que ele sofre com prostatite crônica.

Prostatite não bacteriana e prostatodinia 

Por fim, há a prostatite não bacteriana e a prostatodinia, também chamada de síndrome da dor pélvica crônica.

Esses são os tipos mais recorrentes de prostatite. Marcados também pela inflamação na próstata, essa patologia porém, ocorre sem que o paciente tenha histórico de infecções bacterianas no trato urinário, por exemplo.

Em resumo, não há uma definição clara de suas causas. Por conta dos sintomas, muitos especialistas acreditam que elas estão ligadas a agentes como vírus, fungos ou outros microorganismos não identificados.  

Porém, além de não ser prostatite bacteriana, os casos sequer podem ter origem infecciosa. Afinal, acredita-se que a própria urina possa afetar a próstata quando há refluxo da mesma, o que poderia favorecer a inflamação causada pelas duas doenças. 

Quais são as causas da prostatite?

Nos tipos de prostatite bacteriana, a doença é originada por bactérias do trato urinário ou do intestino grosso. O agente mais comum é a Escherichia coli.

Contudo, como você pôde ver acima, muitas vezes as causas são diferentes. Além da presença de agentes infecciosos diversos e da possibilidade de refluxo da urina, há outras teorias.

Em primeiro lugar, podemos considerar o problema relacionado a atividade sexual. Nela, considera-se a probabilidade de a prostatite ser desencadeada pela inflamação da uretra, em um quadro conhecido como uretrite.

Também, conforme há a associação com doenças sexualmente transmissíveis. Condições como clamídia e a gonorreia poderiam desenvolver prostatite não bacteriana. 

Ainda, discute-se a relação de fatores emocionais com a doença. Isso porque, quadros de ansiedade e estresse podem provocar espasmos do músculo do esfíncter. 

Nessas situações, acredita-se que esses espasmos irritam a próstata e favorecem o retorno dos fluídos da uretra para a glândula prostática, o que irritaria seus tecidos interiores.

Também vale mencionar que a prostatite é mais observada em determinados grupos. Portanto, algumas situações podem estar relacionadas às suas causas.

Isso inclui homens com alguma anormalidade no trato urinário, que têm infecções frequentes de bexiga, que praticam sexo anal ou que desenvolveram hiperplasia prostática benigna.

Da mesma forma, a prostatite também pode desenvolver-se naqueles que foram submetidos a uma intervenção clínica que exige a inserção de um instrumento médico na uretra. 

Principais sintomas da prostatite 

Tal qual,  descrevi nos tipos de prostatite, você pôde concluir que cada manifestação gera consequências diferentes no paciente acometido.

Entretanto, é importante ficar atento a alguns sinais. Isso porque, a prostatite tem sintomas considerados “clássicos”, e que indicam a necessidade de buscar por uma consulta médica

Nesse sentido, esses indicadores de alerta são comuns a quase todos os homens que sofrem com a doença e incluem:

  • Vontade excessiva de urinar;
  • Dor ou ardência ao urinar;
  • Secreção na uretra;
  • Dor frequente nos músculos entre as pernas.

Na prostatite aguda, esses sintomas podem ser acompanhados de febre, dor na região abdominal e mal estar generalizado.

Por sua vez, a prostatite crônica ainda provoca dores na região lombar, dos testículos e períneo. 

Principais sintomas da prostatite

Acima de tudo, independentemente do caso, o paciente ainda pode ter dores durante a ejaculação. Junto delas, há a diminuição da libido. Todavia, apesar desse tipo de quadro, ainda não há confirmação científica de que a prostatite causa impotência.

Fatores de risco da prostatite

Além das causas que apresentei anteriormente, a prostatite possui alguns fatores de risco comuns. 

Novamente, eles podem variar de acordo com o tipo e a origem da doença. Entretanto, os mais recorrentes são:

  • Presença de lesão na região da próstata;
  • Ocorrência de trauma pélvico;
  • Lesão prévia na uretra ou na bexiga;
  • Patologias do sistema nervoso;
  • Manter relações sexuais sem proteção;
  • Fatores genéticos;
  • Estresse, ansiedade e outras condições relacionadas;
  • Desidratação;
  • Inflamação do testículo, chamada de orquite.

Como é feito o diagnóstico de prostatite?

Assim que o paciente reconhecer algum dos sintomas, é fundamental buscar por um médico para obter o diagnóstico adequado. 

Primeiramente, o clínico geral ou urologista irá analisar as queixas. Normalmente, os homens inicialmente apresentam dores ou dificuldades para urinar. 

Em seguida, com a suspeita definida, é preciso confirmar o quadro. Para isso, são solicitados alguns exames de rotina para detectar a prostatite

Em síntese, diferentes procedimentos podem ser realizados na bateria de exames. Os principais são:

  • Hemograma;
  • PSA; 
  • Coleta de urina;
  • Fluxometria;
  • Toque retal;
  • Coleta de líquido prostático.

Dependendo da situação, ainda há a possibilidade de biópsia. Ela serve para confirmar a causa da inflamação e aumento da próstata. 

Como tratar a prostatite?

Com o diagnóstico em mãos, o médico deve definir a melhor conduta para a condição do paciente.

prostatite tem tratamento que varia de acordo com a causa da doença. Ele inclui possibilidades como:

    • Antiinflamatório para prostatite: como a patologia gera a inflamação da uretra, os anti inflamatórios são utilizados para aliviar seus sintomas;
    • Massagem da próstata: outra medida direcionada ao alívio dos sintomas, feita clinicamente pelo médico;
  • Antibiótico para prostatite: é utilizado para combater as causas da doença quando ela é uma prostatite bacteriana;
  • Bloqueadores alfa: é um tipo de remédio para prostatite que relaxa as fibras musculares e o colo da bexiga (região em que a próstata se une à bexiga);
  • Suplementação: em muitos quadros, suplementos naturais contribuem para a melhoria do paciente. Eles incluem antioxidantes, zinco e vitaminas A, C e E. 

Do mesmo modo é direito do paciente ser orientado sobre algumas medidas a serem adotadas no dia a dia. Isso porque, mudanças no estilo de vida ajudam no combate da prostatite.

Isso inclui o hábito de beber bastante água, realizar banho de assento quente, evitar longos períodos sentados e controlar o consumo de álcool, alimentos picantes e cafeína.

Sobretudo, vale citar que, quando há a infecção de bactérias ou suspeita de outros microrganismos, a prostatite é transmissível

Assim, o médico precisa informar o paciente e alertar sobre a importância de conversar com as pessoas com quem ele tenha tido relações, pois a prostatite pode infectar a parceira e desencadear outras infecções nas mulheres.

Por fim, a automedicação jamais deve ser considerada. Apenas os especialistas sabem quais são as medidas adequadas para combater a doença. Do contrário, as consequências podem ser mais graves do que a prostatite em si. 

É possível prevenir a prostatite?

O combate da prostatite pode incluir diversas ações preventivas. Elas servem para minimizar seus fatores de risco e evitar que a doença tenha chances de se desenvolver. 

Dessa forma, para os tipos infecciosos, é importante prezar por hábitos corretos de higiene. Eles eliminam a presença de microrganismos capazes de afetar o organismo do paciente.

Quanto à transmissibilidade pelo sexo, há a primordialidade em manter todas as relações protegidas. Em outras palavras, o uso da camisinha diminui os riscos de DSTs capazes de gerar inflamação na próstata. 

Ainda há a questão do crescimento prostático favorecido pela idade. Por isso, todo homem deve manter consultas frequentes no urologista a partir dos 40 anos de idade. 

Inclusive, ter um contato próximo e constante com o médico também ajuda a identificar e minimizar os riscos de outras condições, como o próprio câncer de próstata. 

É possível prevenir a prostatite?

Igualmente, somados a essas cautelas específicas, a manutenção de hábitos saudáveis é imprescindível para manter o corpo seguro e livre de maiores riscos de prostatite. São eles:

  • Prática de exercícios;
  • Alimentação saudável;
  • Consumo de bastante água;
  • Dieta rica em zinco;
  • Realização de exames de rotina;
  • Comer menos alimentos picantes;
  • Reduzir o consumo de bebidas alcóolicas. 

Conclusão

Neste artigo, você acompanhou as informações mais importantes sobre a prostatite. A doença está entre os principais riscos para a saúde dos homens, e merece atenção para que eventuais manifestações não evoluam para condições mais severas.

Os sintomas, que incluem dor ao urinar e desconfortos na região da próstata, muitas vezes a reversão ocorre com o uso de medicamentos. Contudo, complicações como abscessos, retenção urinária e sépsis reforçam a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.

Então, se você gostou de saber mais sobre prostatite, não perca os próximos conteúdos do blog. Assine a newsletter da Telemedicina Morsch para receber todos os artigos em primeira mão e não deixe de compartilhar este texto com os seus amigos.

Este artigo foi originalmente publicado em https://telemedicinamorsch.com.br/blog/prostatite

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin