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Ter acesso à tabela de pressão arterial é útil para controlar doenças crônicas como a hipertensão.
Ou verificar anormalidades que contribuem para o diagnóstico e sinalizam que é hora de buscar ajuda médica.
Antes de mais nada, vale lembrar que os valores de pressão sofrem oscilações ao longo do dia, e isso é normal.
Durante esforço físico ou após a ingestão de substâncias estimulantes, a pressão sobe.
E tende a se manter mais baixa em períodos de repouso.
Portanto, não se assuste ao deparar com mudanças assim quando medir a pressão em diferentes momentos do dia.
Neste artigo, trago as médias de valores normais de pressão, alterações e números que devem servir de alerta.
Falo também sobre como a tecnologia facilita o acompanhamento médico nesses casos.
Entre elas, você vai conhecer como funciona a consulta com cardiologista online.
Se o assunto interessa, continue lendo.
Tabela de pressão arterial normal
Você já deve ter ouvido falar que os valores normais de pressão ficam próximos a 140/90 mmHg (ou 14 por 9).
Expresso em milímetro de mercúrio, esse número mostra duas medidas que descrevem a força exercida dentro das paredes das artérias para enviar o sangue rico em oxigênio às células.
O processo começa com um batimento cardíaco, já que o músculo cardíaco é a bomba que envia o sangue pelo corpo.
Sob a influência de um impulso elétrico, o coração se contrai e faz o líquido se movimentar em direção às artérias.
Esse movimento é chamado de sístole.
Em seguida, o coração tem um instante de relaxamento durante a diástole, para começar o ciclo novamente.
É por isso que há dois valores de pressão, sistólica e diastólica, informados sempre em conjunto.
Os números permitem avaliar o esforço realizado pelo miocárdio para conferir como anda a saúde cardiovascular.
Os valores normais se referem a pessoas saudáveis com 18 anos ou mais, conforme a tabela a seguir.
Pressão Arterial Diastólica (PAD) | Pressão Arterial Sistólica (PAS) | Classificação |
Menor que 85 mmHg | Menor que 130 mmHg | Normal |
Entre 85 e 89 mmHg | Entre 130 e 139 mmHg | Normal limítrofe |
Entre 90 e 99 mmHg | Entre 140 e 159 mmHg | Hipertensão leve (estágio 1) |
Entre 100 e 109 mmHg | Entre 160 e 179 mmHg | Hipertensão moderada (estágio 2) |
Maior ou igual a 110 mmHg | Maior ou igual a 180 mmHg | Hipertensão grave (estágio 3) |
Menor que 90 mmHg | Maior ou igual a 140 mmHg | Hipertensão sistólica isolada |
Para a construção desta tabela, tomei por referência o III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial.
Tabela de pressão arterial por idade
A idade é um dos fatores capazes de alterar os padrões da pressão sanguínea. Por isso, uma pequena elevação nos valores é aceitável à medida que o paciente envelhece.
No entanto, vale deixar claro que ultrapassar os valores normais aproxima homens e mulheres de desenvolver hipertensão.
Essa doença tem como característica a manutenção de valores elevados de PAS e PAD, o que pode elevar o estresse cardíaco.
Nesse cenário, aumenta também o risco de sofrer eventos graves como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC).
O infarto do miocárdio ocorre quando uma ou mais partes do coração deixam de ser irrigadas pelo sangue e morrem.
Já o AVC pode ser isquêmico ou hemorrágico.
No AVC isquêmico ou isquemia cerebral, há um bloqueio do fluxo sanguíneo no cérebro, impedindo a nutrição e oxigenação dos neurônios.
O evento pode deixar sequelas, mas não é a forma mais grave de acidente vascular cerebral.
Essa posição fica com o AVC hemorrágico, que provoca o rompimento de um vaso que transporta o sangue para o cérebro, provocando hemorragia.
Confira, abaixo, uma tabela com variações de pressão observadas de acordo com o sexo e a idade.
Repare que os números não ultrapassam os valores limítrofes determinados por autoridades de saúde.
Variação da pressão arterial em função da idade e sexo | ||
Idade | Mulher | Homem |
19 a 24 anos | 120/79 mmHg | 120/79 mmHg |
25 a 29 anos | 120/80 mmHg | 121/80 mmHg |
30 a 35 anos | 122/81 mmHg | 123/82 mmHg |
36 a 39 anos | 123/82 mmHg | 124/83 mmHg |
40 a 45 anos | 124/83 mmHg | 125/83 mmHg |
46 a 49 anos | 124/83 mmHg | 127/84 mmHg |
50 a 55 anos | 129/85 mmHg | 128/85 mmHg |
56 a 59 anos | 130/86 mmHg | 131/87 mmHg |
60 anos ou mais | 134/84 mmHg | 135/88 mmHg |
Tabela de pressão arterial na gravidez
Durante a gravidez, as transformações do corpo para abrigar e nutrir o feto causam oscilações nos valores de pressão arterial.
Segundo estudos, é natural observar uma queda na pressão entre a 13ª e a 20ª semanas de gestação.
Provavelmente, isso acontece porque parte do sangue que irriga o útero passa para o bebê, o que diminui a quantidade de líquido circulando pelo corpo da mãe.
Assim, cai também a força exercida na parede interna das artérias.
No entanto, a mulher deve recuperar o padrão normal até o último trimestre da gravidez.
Por vezes, a futura mamãe vivencia um quadro hipertensivo específico chamado pré-eclâmpsia, que mantém a pressão alta durante a gestação.
Caso essa condição não seja tratada, tende a evoluir para a eclâmpsia, patologia que desencadeia convulsões e pode ser fatal.
Daí a importância de seguir as orientações médicas durante o pré-natal.
Ainda que a pressão pareça controlada e a grávida não tenha sintomas, ela deve respeitar o intervalo correto entre as consultas com o obstetra.
E, claro, fazer exames, tratamentos e rotinas necessárias para diminuir as chances de qualquer complicação antes, durante e logo após o parto.
Confira, a seguir, uma tabela de pressão arterial na gravidez.
Tomei como base os valores apresentados no artigo “Medida da pressão arterial da gestante“, assinado por Sonia Junqueira de Oliveira.
Valores de pressão arterial durante a gravidez | ||
Idade Gestacional | Média da Pressão Sistólica (PAS) | Média da Pressão Diastólica (PAD) |
6 a 8 semanas | 103 a 104 mmHg | 57 a 58 mmHg |
9 a 12 semanas | 106 a 108 mmHg | 61 a 63 mmHg |
13 a 16 semanas | 103 a 104 mmHg | 59 a 61 mmHg |
17 a 20 semanas | 103 a 104 mmHg | 57 a 59 mmHg |
21 a 24 semanas | 104 a 106 mmHg | 56 a 58 mmHg |
25 a 28 semanas | 105 a 107 mmHg | 55 a 57 mmHg |
29 a 32 semanas | 105 a 107 mmHg | 57 a 59 mmHg |
33 a 34 semanas | 106 a 108 mmHg | 60 a 62 mmHg |
35 a 36 semanas | 106 a 108 mmHg | 62 a 64 mmHg |
37 semanas | 106 a 108 mmHg | 63 a 65 mmHg |
38 semanas | 108 a 110 mmHg | 63 a 65 mmHg |
39 semanas | 108 a 110 mmHg | 63 a 65 mmHg |
40 semanas | 110 a 112 mmHg | 68 a 70 mmHg |
Pós-parto | 106 a 108 mmHg | 68 a 70 mmHg |
Tabela de pressão arterial infantil
Na infância, os valores de pressão normais também são diferentes do padrão para adultos.
Tanto em razão do sexo quanto do tamanho, peso e idade, pois meninos e meninas experimentam diversas mudanças e amadurecimento de órgãos e tecidos.
Nesse contexto, cabe ao pediatra avaliar se os valores de pressão sistólica e diastólica da criança estão dentro do normal para sua faixa etária.
Geralmente, o médico começa a medir a pressão a partir dos 3 anos de idade.
Para tanto, ele utiliza um cálculo complexo para encaixar o paciente num determinado grupo que lhe dará um percentil.
Em seguida, vai usar dados como altura e idade para verificar se a pressão está normal.
Lembra do III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial, que citei acima?
A diretriz dá exemplos sobre esse cálculo empregado para atribuir a PAS e a PAD de crianças, afirmando que:
“Um menino com 12 anos de idade, medindo 155 cm de altura (percentil 75) e apresentando pressão arterial de 118/76 mmHg será considerado normotenso. Já outro menino de mesma idade e mesma altura, mas com pressão arterial de 124/80 mmHg será considerado normal limítrofe. Se esta segunda criança, ao invés de 155 cm, tivesse estatura de 150 cm (percentil 50), o nível tensional de 124/80 mmHg o faria ser considerado hipertenso.”
A regra sobre o aumento dos valores de pressão arterial também se aplica na infância, fazendo os números subirem conforme a idade avança.
Para dar uma ideia dos valores aceitáveis, trago uma pequena tabela resumida a seguir.
Vale reforçar que esses são os valores máximos, ou seja, o ideal é manter a pressão abaixo deles para prevenir a hipertensão em crianças.
Valores máximos de pressão arterial infantil | |
Idade | PAS/PAD |
Até 6 anos | 110/75 mmHg |
Entre 6 e 10 anos | 120/80 mmHg |
Entre 10 e 14 anos | 125/85 mmHg |
Entre 14 e 18 anos | 135/90 mmHg |
Como fazer o controle de pressão arterial
Mencionei, na abertura deste texto, que a pressão é suscetível a fatores externos, com ligeiras subidas e descidas ao longo do dia.
A boa notícia é que a escolha por hábitos saudáveis faz a diferença nesse cenário, contribuindo para manter os valores dentro da normalidade.
Neste espaço, conheça 7 estratégias para controlar a pressão arterial.
1. Tenha uma rotina saudável
Combine dieta balanceada a exercícios físicos e boas noites de sono.
Prefira alimentos naturais aos processados, montando pratos coloridos para ingerir uma variedade de nutrientes.
E não se esqueça de beber cerca de 2 litros de água para hidratar o corpo.
Lembre-se de que são necessárias ao menos três sessões de 40 minutos semanais para deixar de ser sedentário.
2. Cuidado com o sobrepeso
Ultrapassar o peso normal implica em irrigar uma área maior com o sangue.
É por isso que a obesidade é fator de risco para a hipertensão, devendo ser evitada.
3. Diminua a ingestão de sal
O consumo exagerado de sal causa retenção de líquidos pelos rins, levando ao aumento da pressão sanguínea.
Siga a recomendação da Organização Mundial da Saúde, limitando a ingestão desse ingrediente a 5 gramas por dia.
Uma dica para conseguir adaptar a dieta é trocar o sal por temperos naturais na hora de dar sabor à comida, adicionando orégano, salsinha e cebolinha, etc.
4. Pare de fumar
O cigarro contém substâncias nocivas que deixam as paredes das artérias mais rígidas.
Por consequência, é preciso uma força maior para que o sangue circule.
5. Reduza o consumo de bebida alcoólica
O excesso de álcool faz com que a pressão se eleve, sendo um fator de risco importante para hipertensão.
Procure limitar as doses para uma por dia, se for mulher, ou duas doses diárias, se for homem.
6. Mantenha as doenças crônicas sob controle
Às vezes, a hipertensão é secundária a outra patologia.
Daí a necessidade de tratar qualquer doença crônica para que não sobrecarregue o sistema cardiovascular.
7. Faça consultas e exames preventivos
Há muitos casos em que a pressão está alta ou baixa, mas não dá sinal disso.
No entanto, valores acima ou abaixo do normal podem ser descobertos durante um check anual com exames de rotina.
Mantenha esse cuidado em dia e procure ajuda médica se perceber sintomas como:
- Visão turva ou embaçada
- Dor de cabeça
- Tontura
- Zumbido
- Dor no peito
- Sangramento nasal.
Qual médico cuida da pressão arterial?
Alterações na pressão podem ser observadas por médicos generalistas como o clínico geral, pediatra ou geriatra (no caso de idosos).
Mas o especialista no diagnóstico e tratamento de males relacionados à pressão é o cardiologista.
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Pode ser que não seja fácil ter acesso a um cardiologista na sua região, mas a telemedicina ajuda a romper essa barreira.
Com a plataforma Morsch, você pode agendar teleconsultas com o cardiologista e outros médicos de diferentes especialidades.
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Conclusão
Você viu, neste artigo, vários formatos de tabela de pressão arterial.
Também conferiu dicas para cuidar da sua e levar uma vida mais saudável.
Uma delas é manter uma rotina de cuidados preventivos, incluindo o atendimento médico online.
Conte com a Telemedicina Morsch para reforçar a assistência à saúde com toda a comodidade.
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Este artigo foi originalmente publicado em https://telemedicinamorsch.com.br/blog/tabela-de-pressao-arterial